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Parlamento iraquiano aprova novo governo

Aprovação do governo foi realizada em meio às tensões crescentes pela formação de administração inclusiva no país, que possa barrar avanço de militantes sunitas

Parlamento do Iraque: países têm pressionado pela formação de governo mais representativo (Thaier al-Sudani/Reuters)

Parlamento do Iraque: países têm pressionado pela formação de governo mais representativo (Thaier al-Sudani/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 8 de setembro de 2014 às 17h57.

Bagdá - O Parlamento do Iraque oficialmente nomeou Haider al-Abadi como novo primeiro-ministro do país na tarde desta segunda-feira e aprovou a maioria dos candidatos indicados para o seu gabinete.

A aprovação do novo governo foi realizada em meio às tensões crescentes pela formação de uma administração inclusiva no país, que possa barrar o avanço de militantes sunitas.

Congressistas aprovaram todos os candidatos propostos para o novo governo, com a exceção dos ministros da Defesa e do Interior.

Al-Abadi pediu uma semana adicional para poder indicar novos nomes para as vagas.

Os ex-primeiros-ministros Nouri al-Maliki e Ayad Allawi, além do ex-porta-voz do Parlamento Osama al-Nujeifi, receberam os cargos de vice-presidentes, de caráter cerimonial.

O político curdo e ex-ministro das Relações Exteriores Hoshyar Zebari foi nomeado como um dos três vice-primeiros-ministros.

Al-Maliki, que foi primeiro-ministro no Iraque nos últimos oito anos, cedeu o posto ao seu substituto no dia 14 de agosto, dando fim a um impasse político que afundou o país na incerteza, ao mesmo tempo em que iraquianos lutam contra militantes de uma insurgência sunita.

Durante semanas, al-Maliki insistiu para continuar em mais um mandato de quatro anos, enquanto opositores tentavam tirá-lo de sua cadeira, acusando-o de monopolizar o poder e defender uma agenda extremamente pró-xiita que alienou a minoria sunita.

Os EUA e outros países têm pressionado pela formação de um governo mais representativo no Iraque, que amenizaria o ódio entre os sunitas.

O grupo se sente marginalizado pela administração de al-Maliki, o que ajudou a intensificar a tomada de diversas cidades no norte do país por militantes do grupo Estado Islâmico desde junho.

A insurgência chegou a capturar a segunda maior cidade iraquiana, Mosul, e conseguiu cercar as forças armadas. Milhares de pessoas foram mortas e mais de 1,5 milhão ficou desabrigado pela violência.

Fonte: Associated Press.

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