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Da Redação
Publicado em 10 de junho de 2010 às 10h33.
Teerã - O Parlamento iraniano discutirá a partir do próximo domingo um projeto de lei para reduzir a cooperação com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), confirmou hoje o presidente da Comissão de Segurança Nacional e Relações Exteriores, Aladdin Boroujerdi.
A decisão foi anunciada horas depois de o Irã anunciar que manterá ativo seu programa de enriquecimento de urânio apesar das novas sanções impostas na quarta-feira pelo Conselho de Segurança da ONU.
"O comitê começará suas deliberações no domingo para redigir uma proposta de redução da cooperação com a AIEA e apresentá-la ao Parlamento", explicou Boroujerdi.
As novas sanções, descritas pelo presidente americano, Barack Obama, como os mais fortes impostas ao Irã, foram aprovadas por um grande maioria, com a só oposição do Brasil e Turquia, a abstenção do Líbano e o apoio dos cinco países-membros permanentes.
O embaixador do Irã diante da AIEA, Ali Asghar Sultanieh, confirmou que seu país seguirá adiante com o desafio colocado à comunidade internacional, que exige garantias que seu programa nuclear civil não encobre, na realidade, uma ambição bélica.
"É reprovável que um número pequeno de estados ocidentais não queiram aprender de seus erros passados. Acham que com aprovar uma resolução para a República Islâmica vai a descer seu braços", ressaltou.
"Irã nunca deterá seu programa de enriquecimento de urânio e continuará com essas atividades sob a supervisão da AIEA", acrescentou Sultanieh, citado pela agência estatal de notícias local, "Irna".
Horas antes da aprovação, o secretário-geral do conselho de Segurança Nacional iraniano, Saeed Jalili, advertiu que "Ocidente pode escolher hoje entre o enfrentamento ou o diálogo".
"Irã depois responderá de acordo com o caminho que elejam", avisou.