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Parlamento grego vota hoje moção de confiança ao governo

A votação surgiu a pedido do primeiro-ministro, Giorgos Papandreou, para reforçar seu mandato por causa das críticas feitas a ele por seu próprio partido

Segundo analista político, se Papandreou não conseguir o apoio suficiente no Parlamento, será substituído em suas funções pelo presidente do país, Karolos Papoulias (Yves Herman/Reuters)

Segundo analista político, se Papandreou não conseguir o apoio suficiente no Parlamento, será substituído em suas funções pelo presidente do país, Karolos Papoulias (Yves Herman/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 4 de novembro de 2011 às 07h49.

Atenas - O parlamento da Grécia votará, na noite desta sexta-feira, uma moção de confiança ao governo debatida nos últimos dias e que surgiu a pedido do primeiro-ministro, Giorgos Papandreou, para reforçar seu mandato por causa das críticas feitas a ele por seu próprio partido, o Pasok.

Ainda não está claro se Papandreou conseguirá o apoio necessário para sair vencedor da moção, pois alguns dos 151 deputados de sua legenda manifestaram a intenção de votar contra o governante.

No entanto, os eventos de ontem, especialmente o anúncio de cancelamento do referendo sobre o plano de resgate europeu à Grécia e a intenção de iniciar um diálogo com a oposição para negociar a criação de um governo de coalizão, acalmaram os ânimos dos membros do Pasok.

No entanto, ainda estão em andamento as negociações para que o governo obtenha os votos de toda a base parlamentar.

O deputado socialista Mimis Androulakis disse, em entrevista à emissora de rádio 'Skai', que votará a favor de Papandreou apenas se o primeiro-ministro lhe 'garantir' que será iniciado um processo de formação de um governo de união nacional.

Dependendo do resultado da votação desta noite, vários cenários podem se concretizar, afirmou o analista político Giorgos Souterelis à rede de televisão grega 'Net'.


Em primeiro lugar, segundo ele, se Papandreou não conseguir o apoio suficiente no Parlamento, será substituído em suas funções pelo presidente do país, Karolos Papoulias, que será encarregado de formar um novo governo.

Contudo, Papandreu - a não ser que renuncie ou seja obrigado por seus aliados a renunciar ao poder - seria o primeiro a receber o mandato para tentar formar um novo governo, por ser o líder do partido mais votado nas últimas eleições.

Se em três dias não conseguir montar um novo Executivo, o encarregado da missão seria o líder do segundo partido que mais recebeu votos, e assim sucessivamente. Caso nenhuma legenda consiga formar um governo, o presidente ordenaria a formação de um 'governo de serviço' com a participação de todos os partidos, que se encarregaria de levar o país a eleições legislativas antecipadas.

Em segundo lugar, ainda de acordo com Souterelis, está a possibilidade de Papandreou receber o voto de confiança e poder, assim, continuar seu mandato. No entanto, especula-se a possibilidade de que convoque eleições antecipadas 'por motivos de interesse nacional'.

Outra opção é que, uma vez reforçado pelo voto de confiança, o governante inicie conversas com o líder da oposição, Antonis Samaras (do partido Nova Democracia), com quem formaria um governo de união nacional.

O último cenário, segundo o analista político, seria o de Papandreou sair vencedor da moção, mas, mesmo assim, deixar o cargo por pressão de seu partido. Neste caso, sua base parlamentar elegeria um novo primeiro-ministro, com o sinal verde do presidente grego. 

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