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Parlamento Europeu restringe acesso de embaixador russo

O presidente do Parlamento Europeu anunciou a decisão tomada em represália à "lista negra" de 89 cidadãos europeus proibidos de entrar no território russo


	Martin Schulz, presidente do parlamento europeu: A diplomacia russa denunciou como uma "caça às bruxas" a decisão de restringir o acesso ao embaixador Vladimir Shijov
 (Getty Images)

Martin Schulz, presidente do parlamento europeu: A diplomacia russa denunciou como uma "caça às bruxas" a decisão de restringir o acesso ao embaixador Vladimir Shijov (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 3 de junho de 2015 às 11h00.

O presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, anunciou a decisão de restringir o acesso à Eurocâmara do embaixador da Rússia na União Europeia (UE), em represália à "lista negra" de 89 cidadãos europeus proibidos de entrar no território russo pelo Kremlin.

A lista foi notificada a diplomatas europeus na quinta-feira e inclui alguns eurodeputados que criticaram o presidente russo Vladimir Putin e a postura de Moscou no conflito da Ucrânia.

"Após a publicação da lista negra de personalidades políticas e autoridades europeias, o presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, informou ao embaixador russo na UE que à medida que as autoridades russas não conseguiram garantir a transparência de suas decisões (...) estima que se justifica reagir com medidas apropriadas", afirma um comunicado.

Schulz decidiu que a instituição "restringiria o acesso livre ao Parlamento ao embaixador russo, assim como a outro diplomata russo".

A Eurocâmara também "suspende os compromissos com a comissão parlamentar de cooperação UE-Rússia e analisará caso por caso as demandas de visita ao Parlamento Europeu de deputados russos".

A diplomacia russa denunciou como uma "caça às bruxas" a decisão de restringir o acesso ao embaixador Vladimir Shijov.

"A caças às bruxas começou", escreveu a porta-voz do ministério russo das Relações Exteriores, Maria Zajarova, no Facebook.

"Temos a impressão de que a burocracia europeia retorna às vezes à época da Santa Inquisição", completou, antes de pedir à Eurocâmara "uma mínima explicação lógica".

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