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Parlamento europeu indignado com a liberação de Battisti

Deputados planejam enviar uma carta ao governo brasileiro para reclamar do episódio

Cesare Battisti no carro, saindo da prisão (Agência Brasil)

Cesare Battisti no carro, saindo da prisão (Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 9 de junho de 2011 às 14h33.

Estrasburgo, França - O parlamento europeu expressará às autoridades brasileiras sua indignação pela libertação do ex-ativista italiano Cesare Battisti, anunciou nesta quinta-feira um dos vice-presidentes da câmara.

"Acredito que o Parlamento europeu como um todo lamenta e sente-se profundamente amargurado por essa decisão. Comunicaremos nossa reação indignada às autoridades brasileiras", disse o social-democrata italiano Gianni Pittela, que presidiu nesta quinta-feira a sessão plenária em Estrasburgo.

Outro representante italiano, o conservador Mario Mauro, também expressou sua "amargura" pela liberação de um "multiassassino" e pediu ao presidente do Parlamento Europeu, Jerzy Buzek, que manifeste por escrito a Brasília os protestos dos eurodeputados.

"Buzek deveria comunicar a nossa solidariedade com a dor das famílias (das vítimas) que pedem justiça há trinta anos", comentou Mauro.

Enquanto isso, diversos outros eurodeputados exibiam cartazes com a menção "Battista assassino" em inglês e italiano.

A Itália exigia a extradição de Battisti para que cumprisse a condenação à prisão perpétua no país, por suposta participação em quatro assassinatos cometidos na década des 70, nos chamados "anos de chumbo", quando era integrante de um grupo armado de ultraesquerda.

O 'caso Battisti' se arrastava nos tribunais brasileiros desde que o italiano foi detido no Rio de Janeiro em março de 2007.

Battisti passou a maior parte dos últimos quatro anos na penitenciária da Papuda, a 25 km do centro de Brasília, de onde foi libertado na madrugada desta quinta-feira.

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