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Parlamento escocês realiza sessão sobre referendo independentista

O Partido liderado pela premiê escocesa Nicola Sturgeon espera aprovar, nesta tarde, uma moção que autorizará o governo a negociar com o Executivo britânico

Nicola Sturgeon: o Partido Conservador na Escócia, o Trabalhista e o liberal-democrata já adiantaram que devem se opor à proposta (Russell Cheyne/Reuters)

Nicola Sturgeon: o Partido Conservador na Escócia, o Trabalhista e o liberal-democrata já adiantaram que devem se opor à proposta (Russell Cheyne/Reuters)

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EFE

Publicado em 28 de março de 2017 às 11h44.

Londres - O Parlamento Autônomo da Escócia retomou nesta terça-feira o debate sobre a realização de um novo referendo de independência, que ficou suspenso na semana passada pelo atentado que deixou quatro mortos em Londres.

O Partido Nacionalista Escocês (SNP, sigla em inglês), liderado pela primeira-ministra escocesa Nicola Sturgeon, espera aprovar esta tarde com o voto favorável do Partido Verde uma moção que autorizará o governo autônomo a negociar com o Executivo do Reino Unido a realização dessa consulta.

O Partido Conservador na Escócia, o Trabalhista e o liberal-democrata já adiantaram que devem se opor à proposta.

A moção, apresentada por Sturgeon na semana passada, pede autorização para buscar a permissão de Westminster para convocar uma consulta entre o segundo semestre de 2018 e o primeiro de 2019.

A proposta parlamentar determina a realização de uma consulta "assim que houver clareza sobre o resultado das negociações sobre o 'Brexit'", que começarão a partir de amanhã, quando a premiê britânica Theresa May ativar o artigo 50 do Tratado de Lisboa.

A chefe do governo britânico reiterou nos últimos dias que este "não é o momento" de dialogar sobre um novo referendo de independência para a Escócia, depois da consulta realizada em setembro de 2014.

Naquela ocasião, 55,3% dos eleitores optaram pela permanência no Reino Unido.

Sturgeon, que ontem se reuniu durante uma hora em Glasgow (Escócia) com May, afirmou hoje ao abrir o debate em Holyrood (Edimburgo) que, se o parlamento aprovar a moção, tentará negociar com Londres "não a partir de um confronto, mas através de um diálogo razoável".

Além disso, a primeira-ministra escocesa afirmou que, por "respeito à importância e ao significado do que ocorrerá amanhã" (em referência à ativação do artigo 50 do Tratado de Lisboa), não tem intenção de iniciar esse diálogo até o fim desta semana.

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