Mundo

Parlamento do Paquistão destitui primeiro-ministro, Imran Khan

Nenhum chefe de governo completou seu mandato no Paquistão desde a independência do país em 1947

Imran Khan: ex-estrela do críquete (o esporte nacional), ele foi eleito primeiro-ministro em 2018 (Athit Perawongmetha/Reuters)

Imran Khan: ex-estrela do críquete (o esporte nacional), ele foi eleito primeiro-ministro em 2018 (Athit Perawongmetha/Reuters)

A

AFP

Publicado em 9 de abril de 2022 às 18h50.

O primeiro-ministro do Paquistão, Imran Khan, foi destituído neste sábado (9) em uma moção de censura parlamentar, após várias semanas de crise política neste país do sul da Ásia dotado de armas nucleares.

O presidente interino da Câmara, Sardar Ayaz Sadiq, indicou que "a moção de censura foi aprovada", depois de ter obtido uma maioria de 174 votos em um total de 342 lugares.

Nenhum chefe de governo completou seu mandato no Paquistão desde a independência do país em 1947, mas Khan é o primeiro a cair por uma moção de censura parlamentar.

O Parlamento ainda não indicou quando designará o seu sucessor, embora o líder da oposição, Shehbaz Sharif, se mantenha forte como candidato a liderar este país de 220 milhões de habitantes e população majoritariamente muçulmana.

Khan, de 69 anos, tentou todos os tipos de manobras para permanecer no poder, incluindo a dissolução da Câmara. A Suprema Corte declarou o movimento ilegal na semana passada e ordenou o voto na moção de censura.

Imran Khan, uma ex-estrela do críquete (o esporte nacional) foi eleito primeiro-ministro em 2018 com a promessa de acabar com décadas de corrupção e clientelismo, mas teve que administrar uma moeda nacional fraca, inflação persistente e o peso da dívida pública.

Acompanhe tudo sobre:Paquistão

Mais de Mundo

Manifestação reúne milhares em Valencia contra gestão de inundações

Biden receberá Trump na Casa Branca para iniciar transição histórica

Incêndio devastador ameaça mais de 11 mil construções na Califórnia

Justiça dos EUA acusa Irã de conspirar assassinato de Trump; Teerã rebate: 'totalmente infundado'