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Parlamento do Irã aprova suspensão da cooperação com agência de supervisão nuclear da ONU

Desde o início do conflito, autoridades iranianas criticaram duramente a AIEA por não condenar os ataques israelenses

Vista aérea da instalação nuclear de Fordow, no Irã (Satellite image ©2025 Maxar Technologies / AFP)

Vista aérea da instalação nuclear de Fordow, no Irã (Satellite image ©2025 Maxar Technologies / AFP)

Agência o Globo
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Agência de notícias

Publicado em 25 de junho de 2025 às 08h36.

O Parlamento do Irã aprovou nesta quarta-feira, 25, a suspensão da cooperação com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), informou a televisão estatal, após uma guerra de 12 dias em que Israel e Estados Unidos bombardearam as instalações nucleares do país.

"A AIEA, que se recusou inclusive a condenar minimamente o ataque às instalações nucleares do Irã, colocou em jogo sua credibilidade internacional", declarou o presidente do Parlamento iraniano, Mohammad Bagher Ghalibaf.

Em sua declaração, Ghalibaf anunciou que a Organização de Energia Atômica do Irã suspenderá a cooperação com a AIEA "até que seja garantida a segurança das instalações nucleares".

A decisão ainda requer a aprovação do Conselho de Guardiões, o órgão responsável por revisar a legislação. No Parlamento, de 290 cadeiras, 221 legisladores votaram a favor e um optou pela abstenção. Não houve nenhum voto contra, segundo a televisão estatal.

Israel iniciou uma campanha aérea sem precedentes em 13 de junho contra o Irã, país que acusa de tentar desenvolver arma nuclear. Teerã nega as acusações e defende seu direito a um programa nuclear civil.

Na madrugada de domingo, os Estados Unidos bombardearam as instalações nucleares de Fordo, Natanz e Isfahan, uma ação com a qual se uniu à guerra de Israel contra a República Islâmica. Um frágil cessar-fogo anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, após 12 dias de guerra, entrou em vigor na terça-feira.

Após a votação desta quarta-feira, os deputados gritaram "Morte aos Estados Unidos" e "Morte a Israel", informou a televisão estatal. Desde o início da guerra, as autoridades iranianas criticaram duramente a AIEA por não condenar os ataques israelenses.

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