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Parlamento da Venezuela decide se Chávez pode voltar a Cuba

A oposição condena as longas ausências de Chávez do território venezuelano e o fato de governar à distância

Paralelamente, o presidente da Venezuela marcou para hoje um ato político para assinar a Nova Lei do Trabalho (AFP)

Paralelamente, o presidente da Venezuela marcou para hoje um ato político para assinar a Nova Lei do Trabalho (AFP)

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Da Redação

Publicado em 30 de abril de 2012 às 10h09.

Brasília – Uma semana depois de o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, retornar de Havana (Cuba), onde se submeteu a tratamento médico, a Assembleia Nacional (Parlamento) do país vota hoje (30) o pedido dele para retornar a Cuba para mais uma etapa de radioterapia. O tema é polêmico, pois a oposição condena as longas ausências de Chávez do território venezuelano e o fato de governar à distância.

Porém, Chávez tem a maioria dos 167 integrantes do Parlamento e deve sair vitorioso. A sessão de hoje foi convocada extraordinariamente. A sessão começa às 14 horas (15 horas de Brasília). Nas ocasiões anteriores em que Chávez foi a Cuba, o assunto também foi debatido e votado pelos parlamentares.

Paralelamente, o presidente da Venezuela marcou para hoje um ato político para assinar a Nova Lei do Trabalho. A iniciativa foi confirmada pelo ministro da Comunicação e Informação, Andrés Izarra, por meio da sua conta na rede social Twitter.

Pela proposta, serão consideradas para aquisição de benefícios sociais para os trabalhadores a antiguidade e as trabalhadoras grávidas poderão pedir licença seis semanas antes do parto e voltam ao trabalho três meses e 15 dias depois de o bebê nascer.

De acordo com assessores, a Nova Lei do Trabalho da Venezuela foi baseada em um conjunto de 19.923 propostas encaminhadas à Comissão Presidencial. Segundo a assessoria de Chávez, 90% das propostas vieram de categorias profissionais.

O anúncio ocorre a pouco mais de cinco meses das eleições presidenciais na Venezuela, nas quais Chávez tenta a reeleição. No poder desde 1999, o presidente venezuelano tenta evitar que o tratamento para o combate ao câncer – que reincidiu no começo deste ano quando surgiu um tumor na região pélvica - interfira na campanha.

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