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Parlamento da Ucrânia se reúne em sessão extraordinária

Parlamento realiza sessão extraordinária crucial para se chegar a uma solução pacífica para a grave crise vivida no país

Manequim com máscara de gás em barricada de Kiev, na Ucrânia: manifestantes e o batalhão de choque da polícia mantêm suas posições (David Mdzinarishvili/Reuters)

Manequim com máscara de gás em barricada de Kiev, na Ucrânia: manifestantes e o batalhão de choque da polícia mantêm suas posições (David Mdzinarishvili/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 28 de janeiro de 2014 às 09h00.

Kiev - A Rada Suprema (Parlamento) da Ucrânia realiza nesta terça-feira uma sessão extraordinária crucial para se chegar a uma solução pacífica para a grave crise vivida no país, após uma noite tranquila na capital ucraniana.

Os manifestantes e o batalhão de choque da polícia mantêm suas posições no centro de Kiev, transformado em um complexo sistema de barricadas desde o último dia 19, quando começaram os violentos confrontos que já causaram seis mortes, segundo a oposição, e centenas de feridos.

Os deputados vão discutir o acordo alcançado ontem entre o presidente da Ucrânia, Viktor Yanukovich, e os líderes da oposição para revogar as polêmicas leis contra os direitos civis que provocaram a explosão da violência na capital.

Os líderes opositores exigiam a revogação de todas as leis que restringem as liberdades de expressão e de reunião, e que, na sua opinião e na da União Europeia, transformavam à Ucrânia em um estado policial.

Essas leis serão redigidas novamente e conjuntamente pelas autoridades e a oposição para que respondam aos padrões europeus.

A ministra da Justiça, Yelena Lukash, informou que as autoridades estão dispostas a assinar uma lei de anistia da qual se beneficiariam todos os detidos nos protestos, mas que só entrará em vigor se os manifestantes desocuparem os edifícios institucionais.

Caso contrário, aqueles que infringiram a lei não serão anistiados.

Na reunião de ontem, Yanukovich e os líderes da oposição abordaram também a reforma da Constituição para limitar os poderes do presidente em favor do Parlamento.

"As negociações prosseguirão", declarou Lukash ao se referir a uma possível modificação da Constituição.

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