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Parlamento da Macedônia convoca referendo sobre acordo de mudança de nome

Pesquisas mostram que somente 31% dos eleitores pensam em comparecer às urnas, algo que faria fracassar o referendo e o acordo

Em 17 de junho, os ministros das Relações Exteriores da Macedônia, e da Grécia assinaram o Acordo que estabeleceu o novo nome do país balcânico (Ognen Teofilovski/Reuters)

Em 17 de junho, os ministros das Relações Exteriores da Macedônia, e da Grécia assinaram o Acordo que estabeleceu o novo nome do país balcânico (Ognen Teofilovski/Reuters)

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EFE

Publicado em 30 de julho de 2018 às 14h59.

Atenas - O Parlamento da Macedônia convocou nesta segunda-feira um referendo sobre o acordo alcançado com a Grécia para o mudar o nome do país para República da Macedônia do Norte, consulta que será realizada em 30 de setembro.

A maioria social-democrata (SDSM) votou hoje respaldada pelos partidos minoritários albaneses, que representam 25% da população, a favor da pergunta "Apoia a integração na União Europeia (UE) e na Otan ao aceitar o Acordo entre a República da Macedônia e a República da Grécia?".

Apesar de antes da votação os deputados do principal partido da oposição, VMRO-DPMNE, terem deixado o plenário, a convocação foi aprovada com o apoio de 67 deputados.

Em 17 de junho, os ministros das Relações Exteriores da Macedônia, Nikola Dimitrov, e da Grécia, Nikos Kotzias, assinaram o Acordo que estabeleceu o novo nome, tanto em nível nacional como internacional, deste pequeno país balcânico.

Espera-se que abra as portas de Skopje para a integração na Otan e na UE, bloqueada pela Grécia há anos devido a este desacordo sem resolver.

Depois que o Parlamento de Skopje ratificou o Acordo, a Otan emitiu um convite oficial para a Macedônia, que só fará parte da organização se o mesmo for implementado por completo.

Sob as mesmas condições, a UE estabeleceu a data para a abertura das negociações de adesão em junho de 2019.

No entanto, VMRO-DPMNE ressaltou hoje que a pergunta do referendo é "manipuladora" e não a aceitou.

"O Governo teme que o Acordo de capitulação com a Grécia não conte com o apoio popular, por isso que tenta manipular os cidadãos conectando-o com a UE e a Otan", disse o secretário-geral de VMRO-DPMNE, Igor Janushev, aos veículos de imprensa.

Além disso, anunciou que o partido decidirá em breve se convocará oficialmente um boicote para o referendo.

Além disso o primeiro-ministro, Zoran Zaev, pediu hoje a todas as partes que motivem os eleitores para que participem da consulta.

"Mais uma vez aproveito a oportunidade para pedir à oposição que se envolva no processo e para fazer uma chamada aos cidadãos para que votem em massa e possam expressar sua opinião", disse Zaev.

O risco de baixa participação é muito alto, algo que faria fracassar o referendo e portanto o acordo, pois as últimas pesquisas mostram que somente 31% dos eleitores pensam em comparecer às urnas.

A legislação nacional diz que um referendo consultivo como este só é considerado bem-sucedido se mais de 50% dos eleitores participarem e se mais da metade dos que votam apoiem a pergunta.

Caso os eleitores de VMRO-DPMNE e os indecisos finalmente boicotem o processo, é provável que não chegue ao mínimo estabelecido.

Anteriormente Zaev tinha anunciado que se o referendo fracassar, renunciará ao cargo de primeiro-ministro.

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