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Parlamento britânico retira obrigação de uso de gravatas

Revolução foi iniciada pelo deputado liberal-democrata Tom Brake, que ousou entrar na Câmara sem gravata

Parlamento britânico: hábito até o momento era que os homens vestissem terno e gravata, e as mulheres algo equivalente em termos de formalidade (UK Parliament via Reuters TV/Reuters)

Parlamento britânico: hábito até o momento era que os homens vestissem terno e gravata, e as mulheres algo equivalente em termos de formalidade (UK Parliament via Reuters TV/Reuters)

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AFP

Publicado em 29 de junho de 2017 às 12h38.

A política britânica estabeleceu outra mudança revolucionária nesta quinta-feira, quando o Parlamento suavizou as normas de vestimenta e acabou com a obrigatoriedade do uso de gravata.

O presidente da Câmara, John Bercow, conhecido pelo grito de "ordem" durante os debates acalorados, anunciou a decisão.

"Me parece que quando um membro chega à Câmara com o que pode ser interpretado como roupa de trabalho, a questão se ele usa gravata não é central", disse.

A revolução foi iniciada pelo deputado liberal-democrata Tom Brake, que ousou entrar na Câmara sem gravata, o que levou seu colega conservador Peter Bone a interpelar o presidente sobre as regras.

Embora não exista um código escrito, o hábito até o momento era que os homens vestissem terno e gravata, e as mulheres algo equivalente em termos de formalidade.

A mudança também afeta os jornalistas que fazem a cobertura do Parlamento, e nem todos estão felizes.

"John Bercow passou da linha ao derrubar a exigência de gravatas para os homens na Câmara. O que vem a seguir? Deputados de chinelos e bermudas?", pergunta o jornalista de The Telegraph, Christopher Hope.

Matt Dathan, repórter do jornal The Sun, comemorou porque o Parlamento "abandonou finalmente o século XIX".

Esta é a mais recente medida de Bercow para modernizar o Parlamento, depois de acabar com exigência para que os secretários utilizassem perucas.

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