Mundo

Parlamento britânico nega proibição a aborto seletivo

Os deputados britânicos rejeitaram uma emenda destinada a proibir explicitamente o aborto motivado pelo sexo do bebê


	Big Ben Londres: a emenda refletia a preocupação de que em algumas comunidades de imigrantes na Grã-Bretanha
 (Daniel Berehulak/Getty Images)

Big Ben Londres: a emenda refletia a preocupação de que em algumas comunidades de imigrantes na Grã-Bretanha (Daniel Berehulak/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de fevereiro de 2015 às 07h53.

Londres - Os deputados britânicos rejeitaram nesta segunda-feira uma emenda destinada a proibir explicitamente o aborto motivado pelo sexo do bebê.

A emenda refletia a preocupação de que em algumas comunidades de imigrantes na Grã-Bretanha o aborto seletivo pudesse ser realizado, assim como é feito na China e na Índia.

A ministra de Saúde, Jane Ellison, se opôs à emenda ao declarar que o aborto seletivo em função do sexo "já é ilegal".

Vários deputados defenderam a necessidade de uma medida deste tipo já que a lei não menciona especificamente esta prática.

"Esta emenda é necessária já que não há um parágrafo explícito na legislação sobre o aborto que fale sobre o aborto seletivo dependendo do sexo", argumentou a deputada Fiona Bruce, autora do projeto.

Em 1967, quando a lei sobre o aborto foi adotada no país, a tecnologia ainda não permitia determinar o sexo do feto - justificou a deputada.

Os deputados que se opuseram à emenda, negada por 292 votos contra 201, alegavam que uma proibição explícita da prática seria inaplicável e teria consequências inesperadas ao complicar ainda mais o acesso das mulheres ao aborto.

O prazo legal para abortar na Grã-Bretanha é de 24 semanas.

Acompanhe tudo sobre:AbortoEuropaLegislaçãoPaíses ricosReino Unido

Mais de Mundo

EUA analisa impor novas tarifas sobre peças de aeronaves fabricadas no exterior

Americano de 73 anos é acusado de ameaçar matar Trump em postagens no Facebook

Ucrânia diz ter realizado novo ataque contra ponte da Crimeia com explosivos debaixo d’água

Mais 15.000 brasileiros poderão ser expulsos de Portugal com mudança de regra, diz advogado