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Parlamentares americanos se encontram com presidente de Cuba

A delegação se reuniu, na segunda-feira, com o presidente Raúl Castro para falar sobre a necessidade de melhorar as relações bilaterais


	O presidente cubano, Raúl Castro: Raúl Castro tem declarado repetidamente a sua disponibilidade para conversar com os Estados Unidos "em igualdade de condições".
 (Alexander Nemenov/AFP)

O presidente cubano, Raúl Castro: Raúl Castro tem declarado repetidamente a sua disponibilidade para conversar com os Estados Unidos "em igualdade de condições". (Alexander Nemenov/AFP)

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Da Redação

Publicado em 20 de fevereiro de 2013 às 15h15.

Havana - Uma delegação de parlamentares americanos concluiu nesta quarta-feira uma visita a Cuba, depois de se reunir, na segunda-feira, com o presidente Raúl Castro para falar sobre a necessidade de melhorar as relações bilaterais.

Eles também visitaram o americano Alan Gross, que está detido na ilha.

"Nós nos encontramos com o presidente Raúl Castro e discutimos os obstáculos pendentes e a necessidade de melhorar as relações entre os nossos países", declarou o senador Patrick Leahy, que liderou a delegação, pouco ante de partir ao Haiti nesta quarta.

Segundo uma fonte da delegação, Leahy e o deputado Chris Van Hollen visitaram na terça-feira Alan Gross, que cumpre uma sentença de 15 anos de prisão, acusado de ter distribuído ilegalmente em 2009 equipamentos de comunicação por satélite.

Os legisladores se recusaram a comentar esta visita, um caso que reacendeu as tensões entre os dois países e que foi um dos propósitos da visita da delegação à ilha, a primeira desde a posse do presidente Barack Obama no mês passado.

A porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland, afirmou em uma coletiva de imprensa que Washington espera que os legisladores se esforcem pela libertação de Gross, de 63 anos.

"Estamos atentos aos resultados de seus esforços", ressaltou.

Os Estados Unidos exigem a libertação incondicional de Gross como condição para melhorar as relações bilaterais, enquanto Cuba sugere uma troca por cinco agentes cubanos presos nos Estados Unidos em 1998 e condenados a longas penas de prisão por espionagem, uma opção descartada por Washington.


O jornal oficial cubano Granma informou que "a delegação dos Estados Unidos foi recebida (também) por Ricardo Alarcon de Quesada", presidente do Parlamento cubano, que lidera a campanha para a libertação dos cinco agentes cubanos considerados heróis por Havana.

Outra delegação de parlamentares americanos liderada por Leahy visitou Cuba no ano passado e reuniu-se com Raúl Castro, que realizou reformas econômicas no regime comunista da ilha abrindo caminho para a iniciativa privada desde que substituiu o seu irmão Fidel Castro, em julho de 2006.

Raúl Castro tem declarado repetidamente a sua disponibilidade para conversar com os Estados Unidos "em igualdade de condições".

Os dois países não mantêm relações diplomáticas desde 1961, e desde 1962 os Estados Unidos impõe um embargo à ilha. Mas Obama tem facilitado as viagens de cubanos para a ilha e o envio de remessas desde que chegou à Casa Branca, em janeiro de 2009.

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