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Paris e Londres pedem investigação sobre armas químicas

"As armas químicas são um perigo extremo. Bashar al Assad possui muitas e há indicações que poderia tê-las utilizado", assegurou o ministro das Relações Exteriores francês


	Membro do exército livre da Síria: a ONU anunciou na quinta-feira que empreenderá uma investigação formal sobre o possível uso de armamento químico.
 (Giath Taha/Reuters)

Membro do exército livre da Síria: a ONU anunciou na quinta-feira que empreenderá uma investigação formal sobre o possível uso de armamento químico. (Giath Taha/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 22 de março de 2013 às 16h57.

Dublin - Os governos da França e do Reino Unido exigiram nesta sexta-feira uma investigação "o mais ampla possível" sobre o possível uso de armas químicas na Síria e destacaram o risco de sua utilização por parte do regime de Damasco.

"As armas químicas são um perigo extremo. Bashar al Assad possui muitas e há indicações que poderia tê-las utilizado", assegurou o ministro das Relações Exteriores francês, Laurent Fabius, depois de se reunir em Dublin com seus colegas europeus.

Mais cauteloso, o chanceler britânico, William Hague, lembrou a "necessidade de estabelecer a verdade", pois "não há provas conclusivas" sobre o "suposto" uso desse tipo de armas.

Hague, por isso, solicitou que a investigação que vai ser realizada pela ONU seja "tão ampla como for possível", e, para isso, pediu a colaboração do governo de Assad e da oposição.

O chefe da diplomacia britânica advertiu que haverá "consequências muito sérias" se for confirmado que houve uso de armas químicas, fazendo eco das palavras do presidente americano, Barack Obama.

Na mesma linha, Fabius destacou que "toda a comunidade internacional, inclusive a Rússia", considera "inaceitável" a utilização dessas armas.

A ONU anunciou na quinta-feira que empreenderá uma investigação formal sobre o possível uso de armamento químico em resposta ao pedido do governo de Damasco, que acusa os rebeldes de ter lançado um projétil com substâncias químicas na terça-feira passada em Aleppo.

As Nações Unidas não descartaram, em todo caso, que as pesquisas se ampliem às denúncias que a oposição fez pelo mesmo motivo contra o regime. 

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