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Paris diz que contaminação radioativa durará 'dezenas de anos'

Autoridades japonesas ainda não estabeleceram um mapa da amplitude desses depósitos

Fumaça voltou a sair hoje da usina de Fukushima, no Japão (AFP/Reprodução de TV)

Fumaça voltou a sair hoje da usina de Fukushima, no Japão (AFP/Reprodução de TV)

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Da Redação

Publicado em 21 de março de 2011 às 12h27.

Paris - A Autoridade da Segurança Nuclear francesa (ASN) informou nesta segunda-feira que as emissões radioativas da usina nuclear de Fukushima continuam e que o Japão deverá conter seus efeitos durante "dezenas de anos".

O presidente da ASN, André-Claude Lacoste, declarou em entrevista coletiva que essas emissões procedem por uma parte das "descompressões voluntárias" dirigidas a reduzir a pressão nos reatores danificados e a "fugas" de origem desconhecida.

"Os depósitos de partículas radioativas na terra serão grandes ao redor da usina", assegurou o presidente, segundo o qual as autoridades japonesas ainda não estabeleceram um mapa da amplitude desses depósitos.

Para o representante da ASN, não é "ilusório" pensar que a contaminação ultrapasse a área de evacuação de 20 quilômetros ao redor da central estabelecida pelo Governo japonês, e alcance um raio de "uma centena de quilômetros".

"A importância e a localização das zonas afetadas pela contaminação ainda não são conhecidas", acrescentou ASN em comunicado, segundo o qual "seja qual for a evolução da situação, o Japão terá que fazer frente, a longo prazo, às consequências da radioatividade dessas expulsões".

A Agência de Segurança Nuclear do Japão informou nesta sexta-feira que se avistou fumaça também no reator 2 da usina de Fukushima, depois que se detectasse no reator 3 uma coluna de fumaça que já parou, enquanto que a instituição francesa acrescentou que "a manutenção do nível mínimo de água nos reservatórios" continua sendo uma prioridade.

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