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Parentes de vítimas exigem informação sobre busca de MH370

Cerca de 40 chineses se manifestaram em frente a embaixada da Malásia em Pequim com slogans como "Malásia, devolva nossos entes queridos"


	Parentes das vítimas do voo MH370 choram durante protesto em frente à embaixada da Malásia em Pequim
 (REUTERS/Kim Kyung-Hoon)

Parentes das vítimas do voo MH370 choram durante protesto em frente à embaixada da Malásia em Pequim (REUTERS/Kim Kyung-Hoon)

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Da Redação

Publicado em 7 de agosto de 2015 às 12h19.

Bangcoc - Familiares das vítimas exigiram nesta sexta-feira mais informação sobre o andamento das buscas pelos destroços do avião da Malaysia Airlines do voo MH370, que se intensificou em torno da ilha de Reunión, na Polinésia Francesa, após uma parte da asa ser encontrada nesta parte do oceano Índico.

Cerca de 40 chineses se manifestaram em frente a embaixada da Malásia em Pequim com slogans como "Malásia, devolva nossos entes queridos" e desafiaram a polícia, que os impediu de se aproximar do local, segundo o jornal "Straits Times", de Cingapura.

Alguns dos manifestantes estavam frustrados porque o governo da Malásia não enviou ninguém para falar com eles após o anúncio, na quinta-feira, de que a asa achada em Reunión pertenceria à aeronave desaparecida em 2014.

Outros parentes dos 239 ocupantes do avião não confiam nas informações dadas pelas autoridades malaias. Eles acreditam em conspirações políticas e falam que essa e outras peças do achadas na ilha francesa são provas falsas.

A ministra de Relações Exteriores da Austrália, Julie Bishop, tentou acalmar os ânimos e mostrou compreensão com a irritação dos familiares dos desaparecidos, segundo o site australiano de notícias "news.com.au".

"Nossos corações estão com eles hoje e em todos os dias que têm que esperar por uma resposta sobre o que aconteceu ao (voo) MH370", disse Bishop, que acrescentou que pelo menos agora sabem que a busca está no lugar certo.

A descoberta de peças da aeronace em Reunión motivou críticas aos trabalhos de busca, que são dirigidos pela Austrália.

O Birô Australiano de Segurança no Transporte disse a princípio que, dada a região de rastreamento, os destroços do avião arrastados pelas correntes marinhas deveriam aparecer na costa da Indonésia.

As autoridades francesas, que assumiram a direção da análise física das provas, enviaram equipamentos aéreos e marítimos adicionais para tentar encontrar ao longo do litoral de Reunión mais rastros do aparelho.

Uma aeronave sobrevoará a área onde há uma semana foram achardos os primeiros destroços, que estão sendo analisados na França, e haverá "patrulhas a pé, missões de busca em helicóptero e brigadas náuticas", precisaram fontes oficiais.

A busca do corpo do avião continua paralelamente, em uma área de 60 mil quilômetros quadrados do outro lado do Índico, no litoral da Oceania, em uma região de mar bravo e de profundezas marinhas de entre cinco mil e seis mil metros.

Os investigadores acreditam que alguém cortou as comunicações antes de o aparelho mudar de rumo de sua rota original, de Kuala Lumpur a Pequim, e virar 180 graus, cruzando a península de Malaca até ficar sem combustível e cair em uma área remota do sul do Índico.

A busca do aparelho, realizada por Austrália, China e Malásia, já custou US$ 100 milhões nos 17 meses desde o desaparecimento, cujo motivo só poderá ser esclarecido, segundo analistas, quando as caixas-pretas forem localizadas, caso não tenham sofrido danos irreversíveis.

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