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"Pare com isso", disse Obama a Putin sobre ciberataques

Obama falou, durante uma coletiva de imprensa de fim de ano, sobre suas profundas preocupações em assegurar que a pirataria não escalaria

Obama: o presidente em fim de mandato prometeu retaliar Moscou pela ciberespionagem (Carlos Barria/Reuters)

Obama: o presidente em fim de mandato prometeu retaliar Moscou pela ciberespionagem (Carlos Barria/Reuters)

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AFP

Publicado em 16 de dezembro de 2016 às 19h09.

O presidente americano, Barack Obama, disse nesta sexta-feira ter confrontado pessoalmente seu contraparte russo, Vladimir Putin, sobre as alegações de cibarataques russos quando se encontraram antes das eleições nos Estados Unidos, dizendo para ele "pare com isso".

Depois de ser alertado sobre os ciberataques ao Partido Democrata, Obama falou, durante uma coletiva de imprensa de fim de ano, sobre suas profundas preocupações em assegurar que a pirataria não escalaria, comprometendo o resultado das eleições presidenciais de novembro.

"No começo de setembro, quando encontrei o presidente Putin na China, senti que a forma mais eficaz de garantir que aquilo não acontecesse era falar diretamente com ele e dizer-lhe para parar com aquilo e que haveria consequências sérias se não o fizesse", disse Obama.

"E de fato não vimos mais adulterações no processo eleitoral", acrescentou.

Apenas cinco semanas antes de deixar a Casa Branca, o presidente em fim de mandato prometeu retaliar Moscou pela ciberespionagem, que segundo a Inteligência americana foi planejada para ajudar o republicano Donald Trump a derrotar a democrata Hillary Clinton, crítica de Putin.

"Nosso objetivo continua sendo enviar uma mensagem clara à Rússia ou a outros a não fazerem isto porque podemos fazer coisas com vocês", alertou o presidente americano.

Obama também disse haver "algumas evidências" de que a China conteve a ciberespionagem, em resposta aos alertas dos Estados Unidos.

"Precisei ter a mesma conversa com o presidente [chinês]Xi [Jinping] e o que vimos foi alguma evidência de que eles reduziram, mas não eliminaram completamente estas atividades", declarou o presidente.

Esperava-se que a tradicional coletiva de imprensa de fim de ano de Obama, celebrada enquanto as tensões com a Rússia aumentam, fosse seguida de perto por seu sucessor, Trump, que prometeu estimular laços mais próximos com o Kremlin.

Embora Obama não tenha nomeado o presidente russo pela ciberespionagem eleitoral, um de seus conselheiros, Ben Rhodes, disse na quinta-feira: "Não acredito que as coisas desta proporção aconteçam no governo russo sem que Vladimir Putin saiba".

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