A Grécia está atrasada na meta de privatização estabelecida pelos credores, por causa de atrasos na criação de um fundo encarregado de gerenciar as vendas (Jamie McDonald/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 5 de outubro de 2011 às 10h38.
Atenas - A equipe de inspetores da União Europeia, do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Central Europeu (BCE) deve recomendar a liberação da parcela de empréstimos internacionais para a Grécia, mas Atenas não pode ter isso como algo garantido, pois precisa mostrar que implementará reformas, disse uma autoridade da "troika" à Reuters nesta quarta-feira.
"Nós estamos fazendo progresso, mas um progresso lento. A principal razão é que eles (o governo) precisam de mais tempo", disse a autoridade em condição de anonimato. "Até agora, nós não fechamos nenhum capítulo."
Perguntado se há alguma chance de que a sexta parcela de 8 bilhões de euros não seja liberada para a Grécia, a autoridade disse: "Sempre há um risco, isso não pode ter tido como garantido. Mas eu acredito que, no final, nós o faremos."
"Nós estamos progredindo bem nas reformas estruturais. Nós ainda não concluímos o lado fiscal. Há um bom progresso em 2012, mas ainda não discutimos 2013 e 2014", afirmou.
A Grécia está atrasada na meta de privatização estabelecida pelos credores, por causa de atrasos na criação de um fundo encarregado de gerenciar as vendas, disse a fonte.
A troika encorajou várias vezes a consolidação do setor bancário grego e a autoridade disse que espera ver isso acontecer depois do acordo de fusão entre o Alpha Bank e o Eurobank. "Nós esperamos que haja mais, tanto doméstico quanto internacional."
A fonte não pôde dizer quando os inspetores terminarão a avaliação e darão o veredicto sobre a parcela de empréstimos.
Na segunda-feira, os ministros de Finanças da zona do euro atrasaram para meados de novembro o pagamento da ajuda.