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Paralisação nos EUA: Trump cancela viagem de líder democrata

Em mensagem irônica, o presidente recomendou que Nancy Pelosi permanecesse em Washington para buscar solução para a disputa sobre o muro

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Joshua Roberts/Reuters)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Joshua Roberts/Reuters)

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AFP

Publicado em 18 de janeiro de 2019 às 07h03.

Última atualização em 18 de janeiro de 2019 às 07h10.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, informou nesta quarta-feira (17) a Nancy Pelosi, líder democrata da Câmara dos Deputados, que cancelou uma futura viagem desta ao exterior, devido ao "shutdown", a paralisação parcial da administração federal.

A Casa Branca publicou a carta de Trump um dia depois de Pelosi pedir para adiar o tradicional discurso sobre o estado da União, marcado para 29 de janeiro, citando razões de segurança.

Em uma mensagem carregada de ironia, o presidente recomendou que Pelosi permanecesse em Washington para buscar uma solução para a disputa que eles vêm enfrentando há quase quatro semanas sobre o muro que Trump quer erguer na fronteira com o México.

"Devido ao shutdown, lamento informá-la que sua viagem à Bruxelas, Egito e Afeganistão foi adiada", escreveu Trump. "Estou seguro de que você concordará comigo que adiar essa viagem de relações públicas é uma boa decisão".

"Eu também acredito que, durante este período, seria melhor que permanecesse em Washington para negociar comigo", acrescentou. "Claro, se você quiser viajar em um voo comercial, você pode fazê-lo."

O poder executivo geralmente permite que os líderes do Congresso usem aviões militares para suas viagens.

Posteriormente, Trump cancelou a viagem da delegação americana ao Fórum de Davos, na próxima semana, também devido ao "shutdown".

"Por respeito aos 800 mil funcionários americanos que não estão recebendo salários e para garantir o apoio de sua equipe quando for necessário, o presidente cancelou a viagem de sua delegação ao Fórum Econômico Mundial de Davos, Suíça", informou Sarah Sanders, porta-voz da Casa Branca, uma semana após o próprio Trump cancelar sua participação.

O secretário do Tesouro, Steve Mnuchin, deveria liderar a delegação de cinco membros, integrada ainda pelo secretário de Estado, Mike Pompeo, o secretário de Comercio, Wilbur Ross, o representante para o Comércio, Robert Lighthizer, e a assistente do presidente Chris Liddell.

O presidente se recusa a aprovar o orçamento federal, enquanto os democratas continuam se opondo ao financiamento dos mais de 5 bilhões de dólares necessários para o muro.

O impasse levou cerca de 800 mil funcionários federais à paralisação forçada ou a trabalhar sem remuneração, no caso daqueles que cumprem um trabalho considerado essencial para o país.

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