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Paralisação nos EUA: aeroportos têm protestos de funcionários e filas

Hoje o Senado deve votar a proposta apresentada pelo presidente Trump para destravar o impasse sobre o orçamento americano

Boston, Massachusetts: trabalhadores do aeroporto marcham durante uma reunião para empregados afetados pela paralisação do governo no aeroporto internacional de Boston Logan, em  21 de janeiro de 2019  (Scott Eisen/Getty Images)

Boston, Massachusetts: trabalhadores do aeroporto marcham durante uma reunião para empregados afetados pela paralisação do governo no aeroporto internacional de Boston Logan, em  21 de janeiro de 2019  (Scott Eisen/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 22 de janeiro de 2019 às 09h31.

Última atualização em 22 de janeiro de 2019 às 10h53.

Washington - O ausência de trabalhadores de segurança dos aeroportos americanos bateu recorde no fim de semana, causando longas filas nos pontos de checagem dos maiores aeroportos dos EUA. Autoridades culparam a paralisação do governo pelo número de faltas, que este ano ficou em 8% do total de funcionários, enquanto no ano passado, no mesmo período, a ausência foi de 3%.

Nesta terça-feira, 22, o Senado deve votar a proposta apresentada pelo presidente Donald Trump, no sábado, para destravar o impasse sobre o orçamento americano, que já dura mais de um mês. Ele propôs aos democratas uma extensão da proteção temporária a jovens imigrantes e para refugiados que fogem de zonas afetadas por desastres. Em troca, quer US$ 5,7 bilhões para financiar a construção de um muro na fronteira com o México. Líderes democratas, que detêm a maioria na Câmara, já disseram que rejeitam a proposta.

A Administração de Segurança do Transporte (TSA, na sigla em inglês) admitiu que muitos de seus trabalhadores não estão conseguindo lidar com a dificuldade de trabalhar sem receber pagamento. Como consequência, longas filas foram formadas em Nova York, Atlanta, Chicago e Miami. Pontos de checagem de vários aeroportos já vinham operando em plano de contingência.

O porta-voz da TSA, Michael Bilello, disse que a agência enviou agentes especiais para ajudar no trabalho dos pontos de checagem. Esses agentes normalmente são requisitados quando há eventos como o Super Bowl ou em caso de crises, como a passagem de grandes furacões.

Segundo o porta-voz, todos os agentes especiais disponíveis foram mandados para os aeroportos e a agência deve contratar mais deles. "Mas a capacidade da TSA ainda é limitada e, se for preciso, fechará mais pontos de checagem para garantir a segurança."

Brent Bowen, professor de aviação da Universidade Aeronáutica Embry-Riddle, explicou que o pedido para que os servidores da TSA continuem trabalhando sem receber pode ter um impacto inevitável.

"Não podemos esperar que qualquer grupo de pessoas trabalhe indefinidamente sem receber", disse. "Isso os afeta moralmente. Eles estão preocupados com suas famílias. Quando isso acontece, você não pode focar no seu trabalho como faria em uma circunstância normal."

Esforço coletivo

O especialista disse que os agentes da TSA têm um trabalho vital a desempenhar e afirmou que, ao lado dos servidores da Administração Federal de Aviação, eles têm sido perigosamente afetados pela paralisação do governo. Para ele, os EUA estão "brincando com fogo".

Apesar do número recorde de faltas entre funcionários do setor de aviação em pontos de checagem de aeroportos americanos, no sábado, a agência disse que todos os 1,6 milhão de passageiros selecionados foram entrevistados dentro do padrão de 30 minutos da agência e cerca de 94% deles foram liberados em 15 minutos ou menos.

 

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