A tocha olímpica foi carregada por representantes dos dois países (Paul Hanna/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 9 de março de 2018 às 14h32.
Pyeongchang - Depois de ser o foco da Olimpíada de Inverno, a união das Coreias do Norte e do Sul voltou a ser destaque nesta sexta-feira, na abertura dos Jogos Paralímpicos de Inverno em Pyeongchang. A cerimônia aconteceu no Estádio Olímpico da cidade sul-coreana sob intenso frio, com temperatura de -3ºC.
Se na Olimpíada de Inverno os atletas de ambas as Coreias desfilaram lado a lado e promoveram a paz entre estes rivais históricos, na abertura desta sexta a tocha paralímpica chegou carregada por representantes de ambas as nações. Choi Bogue representando a Coreia do Sul e Ma Yu Chol, a Coreia do Norte.
Eles entregaram a tocha ao jogador de hóquei sul-coreano Han Min Su, que emocionou os presentes escalando, com sua prótese na perna, a rampa que levava à pira. Coube aos atletas de curling em cadeira de rodas e curling olímpico, Seo Soonseok e Kim EunJung, respectivamente, acender a pira.
A delegação brasileira, que contará com três atletas competindo, foi encabeçada por Aline Rocha, do esqui cross-country, como porta-bandeira. Além dela, Cristian Ribera disputará a mesma modalidade, enquanto Andre Cintra representará o País no snowboard.
"Esta segunda participação do Brasil em Jogos Paralímpicos de Inverno mostra o desenvolvimento do esporte de neve no País, mesmo com condições adversas, por causa do clima. A Confederação Brasileira de Desportos na Neve (CBDN) vem fazendo todos os esforços para isso e nossa delegação aqui é prova. Aumentamos em 50% em relação ao número de atletas em Sochi, na Rússia, quatro anos atrás. A expectativa é que continuemos crescendo no mesmo ritmo nas próximas edições", disse Alberto Martins, diretor técnico do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).
O Brasil estreia na Paralimpíada de Inverno no sábado, com Aline e Cristian disputando as provas de 12km e 15km, respectivamente. Andre entrará em ação no dia seguinte. "Temos um parceiro (o CPB) que acredita no nosso trabalho de longo prazo e que tem nos ajudado de forma espetacular. A nossa intenção é de buscar participações em finais e, quem sabe, medalhas em 2026 e 2030", afirmou Stefano Arnhold, presidente da CBDN.