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Paraguai vive dia luto pelo candidato Lino Oviedo

Lino Oviedo faleceu no sábado passado após a queda de seu helicóptero


	Lino Oviedo: Governo não manteve sua habitual reunião das segundas-feiras, após cancelar todas as atividades oficiais pelos três dias de luto decretados
 (afp.com / Norberto Duarte)

Lino Oviedo: Governo não manteve sua habitual reunião das segundas-feiras, após cancelar todas as atividades oficiais pelos três dias de luto decretados (afp.com / Norberto Duarte)

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Da Redação

Publicado em 4 de fevereiro de 2013 às 20h40.

Assunção - O Paraguai viveu um dia de luto nesta segunda-feira pelo candidato presidencial Lino Oviedo, falecido no sábado passado após a queda de seu helicóptero, à espera que a equipe legista identifique seus restos para poder velá-lo e enterrá-lo.

Apenas sua filha, a deputada Fabiola Oviedo, que retornou com urgência da Alemanha ao saber a morte de seu pai, apareceu hoje publicamente para comparecer ao Necrotério Judicial e entregar fotografias para ajudar no processo de identificação.

A deputada evitou a imprensa e aceitou os abraços e gestos de carinho de partidários de Lino Oviedo concentrados na frente do necrotério, para onde foram transferidos no domingo os primeiros restos do candidato, de seu guarda-costas e do piloto do helicóptero.

O procurador-geral do Estado, Javier Díaz Verón, assegurou hoje em comunicado que a "prioridade" de seu departamento é a "identificação total" dos corpos para poder entregá-los às famílias "o mais rápido possível" e pediu paciência aos parentes das vítimas.

Membros das equipes de investigação recuperaram hoje mais restos das vítimas de debaixo do helicóptero, cuja cabine afundou quase dois metros na terra, informou à rádio "Primero de Marzo" o delegado encarregado do caso, Federico Espinoza.

O helicóptero de Oviedo caiu na região do Chaco, ao norte de Assunção, quando retornava à capital após um comício em Concepción. Aparentemente, o piloto desviou sua rota pelo mau tempo.


Verón disse que pediu ajuda de peritos americanos na investigação, assim como a presença de analistas da empresa fabricante do helicóptero.

Centenas de pessoas se reuniram para expressar sua dor perante a nova sede do partido de Oviedo, a União Nacional de Cidadãos Éticos (Unace) em San Lorenzo, cidade vizinha de Assunção, onde hoje seguiam chegando dezenas coroas de flores com mensagens de pêsame de particulares e instituições.

O Governo não manteve sua habitual reunião das segundas-feiras, após cancelar todas as atividades oficiais pelos três dias de luto decretados pelo presidente Federico Franco.

O presidente do Congresso, Jorge Oviedo Matto, correligionário do falecido, citado pela edição digital do jornal "Ultima Hora", anunciou que a presidência do partido será assumida por seu até agora vice-presidente, Carmelo Benítez.

Segundo Oviedo Matto, a viúva do candidato, a argentina Raquel Marín, seguirá como chefe de campanha do partido para as eleições do próximo dia 21 de abril, nas quais Lino Oviedo voltaria a tentar ser presidente, após ficar em terceiro lugar em 2008.


Enquanto prossegue a investigação, se multiplicaram na imprensa as conjeturas sobre o que pode ter causado a queda do helicóptero do candidato.

A viúva do piloto, Rosilene Fernández, que também foi ao necrotério com placas dentárias para ajudar na identificação de seu marido, lamentou que ele "não queria voar, mas insistiram".

Testemunhas disseram neste domingo que foi Oviedo quem ordenou levantar voo apesar das recomendações contrárias de seu piloto, pois era noite e havia ameaça de tempestade; versão refutada pelo porta-voz da Unace, César Durand, que disse à "Rádio Cardeal" que Lino Oviedo era uma "pessoa precavida".

O representante da empresa fabricante, Miguel Candia, explicou que a aeronave não estava preparada para voar de noite e durante uma tempestade, e no mesmo sentido se expressaram outros pilotos contatados por diferentes meios de comunicação.

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