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Paraguai rejeita hipótese de Venezuela presidir Mercosul

"A Venezuela, segundo nosso critério, ainda não foi legalmente incorporada ao Mercosul, pois viola os tratados constitutivos do mesmo", disse o chanceler paraguaio


	Bandeiras do Mercosul: tanto a Venezuela como o Paraguai realizarão no próximo mês eleições para escolher seus novos presidentes.
 (Norberto Duarte/AFP)

Bandeiras do Mercosul: tanto a Venezuela como o Paraguai realizarão no próximo mês eleições para escolher seus novos presidentes. (Norberto Duarte/AFP)

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Da Redação

Publicado em 25 de março de 2013 às 15h34.

Assunção - O governo do Paraguai, suspenso do Mercosul e da Unasul desde junho do ano passado, rejeitou nesta segunda-feira a possibilidade da Venezuela assumir a presidência semestral do bloco econômico regional.

"Nossa posição continua sendo a mesma. Paraguai tinha que ter assumido a presidência, a partir desse momento há uma ilegalidade nestas disposições", afirmou o chanceler paraguaio, José Félix Fernández Estigarribia, em entrevista coletiva em Assunção.

O presidente interino da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou recentemente que seu país assumirá, ao mesmo tempo em que estará sendo realizada a cúpula do Mercosul em Montevidéu (Uruguai), a presidência semestral do bloco.

A Venezuela entrou oficialmente no organismo regional em 7 de dezembro de 2012, sem o aval do Paraguai. O governo paraguaio, suspenso do bloco e da Unasul após a destituição do presidente Fernando Lugo em um controvertido julgamento político parlamentar em 22 de junho, sustenta que a adesão da Venezuela é nula, já que foi aprovada sem seu aval. O Paraguai é um dos quatro fundadores do Mercosul.

"A Venezuela, segundo nosso critério, ainda não foi legalmente incorporada ao Mercosul, pois viola os tratados constitutivos do mesmo", disse o chanceler paraguaio.

Estigarribia afirmou ainda que "mais cedo do que tarde vão reconhecer que o que se sucede no Paraguai é uma democracia melhor que a de outras latitudes".

Tanto a Venezuela como o Paraguai realizarão no próximo mês eleições para escolher seus novos presidentes. 

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