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"Paraguai não pede esmolas", afirma Cartes para Dilma

O presidente do Paraguai também declarou que compartilha com Dilma sua "grande preocupação" de combater a miséria


	Horácio Cartes: mesmo com sua vitória nas eleições do último abril e com os desbloqueio das sanções após sua posse, Cartes ainda não deu passos formais para o retorno do Paraguai ao bloco
 (Jorge Adorno/Reuters)

Horácio Cartes: mesmo com sua vitória nas eleições do último abril e com os desbloqueio das sanções após sua posse, Cartes ainda não deu passos formais para o retorno do Paraguai ao bloco (Jorge Adorno/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 30 de setembro de 2013 às 15h50.

Brasília - Em declarações à imprensa nesta segunda-feira, após o encontro com a presidente Dilma Rousseff em Brasília, o presidente do Paraguai, Horacio Cartes, afirmou que "seu país não quer pedir esmolas e nem favores", mas "se sentar na mesa grande".

Desta maneira, Cartes resumiu sua decisão de negociar e discutir com todos os sócios do Paraguai de "igual para igual", de modo que "as coisas sejam úteis" para todos.

Em um comparecimento conjunto perante os jornalistas, Cartes, ao lado de Dilma, afirmou que seu país "tem um crédito que antes não tinha" e que está determinado a "falar pouco", mas "trabalhar muito mais" durante seu governo, iniciado no dia 15 de agosto.

O presidente do Paraguai também declarou que compartilha com Dilma sua "grande preocupação" de combater a miséria e assegurou que ambos fizeram "dessa luta uma bandeira"

Na ocasião, Cartes anunciou que continuará com as iniciativas a favor da regularização dos brasileiros que vivem em condições ilegais no Paraguai e das propriedades adquiridas em solo paraguaio.

"Não quero que o Brasil nos faça outra vez essas velhas exigências por títulos de propriedade (de terras) ou de legalizações", declarou o presidente do Paraguai.

Em seu breve discurso, Cartes não fez nenhuma alusão ao Mercosul, que está à espera da reincorporação plena do Paraguai.


Junto com Argentina, Brasil e Uruguai, o Paraguai é um dos quatro sócios fundadores do bloco, que incorporou a Venezuela no dia 29 de julho de 2012, o mesmo em que decidiu aplicar a chamada "cláusula democrática" e, pela primeira vez, suspender um de seus membros.

O Paraguai foi sancionado após a destituição do então presidente Fernando Lugo, uma decisão que o Mercosul interpretou como uma "ruptura da ordem democrática".

No entanto, mesmo com sua vitória nas eleições do último abril e com os desbloqueio das sanções após sua posse, Cartes ainda não deu passos formais para o retorno do Paraguai ao bloco.

Após falar com os jornalistas, ambos os líderes se dirigiram à sede do Ministério das Relações Exteriores, onde Dilma oferecerá um almoço à delegação paraguaia.

Posteriormente, Cartes também fará uma visita ao Congresso, onde ele será recebido pelas autoridades da Câmara dos Deputados e do Senado. Na sequência, o presidente paraguaio também se dirigirá ao Supremo Tribunal, onde terá uma reunião com o presidente da entidade, Joaquim Barbosa.

Antes de retornar a Assunção, o presidente do Paraguai também se reunirá com diretores da Confederação Nacional da Indústria (CNI), supostamente o último compromisso oficial de sua primeira visita ao país. 

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