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Paraguai e Venezuela vão discutir Mercosul em Nova York

Representantes de ambos governos pretendem restabelecer diálogo depois que venezuelanos foram aceitos no bloco sem aprovação paraguaia


	Horácio Cartes: atual presidente permitiu que o país voltasse ao Mercosul assim que assumiu o cargo
 (Jorge Adorno/Reuters)

Horácio Cartes: atual presidente permitiu que o país voltasse ao Mercosul assim que assumiu o cargo (Jorge Adorno/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 23 de setembro de 2013 às 16h39.

NOVA YORK - Representantes dos governos de Paraguai e Venezuela pretendem restabelecer o diálogo durante a Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas nesta semana em Nova York, depois que os venezuelanos foram aceitos no Mercosul sem a aprovação dos paraguaios.

"Estamos trabalhando nisso. Nós todos queremos que isso seja resolvido o mais rápido possível", disse o vice-ministro das Relações Exteriores do Paraguai, Manuel Maria Cáceres. "Haverá algumas reuniões de nível ministerial nesta semana", acrescentou ele, em discurso no Fórum Mundial de Líderes da Universidade de Columbia.

O Paraguai foi suspenso do Mercosul após o processo político no Senado que destituiu o então presidente Fernando Lugo no ano passado, uma manobra considerada antidemocrática pelos membros do bloco. A Venezuela foi, em seguida, admitida sem o consentimento do Paraguai, causando um impasse jurídico.

O atual presidente do Paraguai, Horacio Cartes, assumiu o cargo em agosto, permitindo que o país voltasse ao Mercosul, também integrado por Brasil, Argentina e Uruguai.

"Há um compromisso de fazer um esforço para normalizar as relações bilaterais", disse Cáceres à Reuters.

Um dia depois de tomar posse, Cartes disse que o Paraguai voltaria ao Mercosul quando os chanceleres dos países do Mercosul encontrassem uma solução para o problema jurídico causado pela adesão da Venezuela sem a presença ou aprovação paraguaia.

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