Mundo

Paraguai vai recorrer em Haia contra suspensão do Mercosul

Franco disse que contratou uma equipe de especialistas norte-americanos para defender a ação movida pelo governo paraguaio contra a medida

Bandeiras do Mercosul: No que diz respeito ao diálogo político e à cooperação, as instituições conseguiram avanços em diversas áreas
 (Norberto Duarte/AFP)

Bandeiras do Mercosul: No que diz respeito ao diálogo político e à cooperação, as instituições conseguiram avanços em diversas áreas (Norberto Duarte/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de setembro de 2012 às 11h05.

Brasília – O presidente do Paraguai, Federico Franco, anunciou que o governo pode recorrer ao Tribunal Internacional de Haia contra a decisão do Mercosul de suspender o país do bloco - até as eleições de abril de 2013. Franco disse que contratou uma equipe de especialistas norte-americanos para defender a ação movida pelo governo paraguaio contra a medida. O Paraguai foi suspenso do Mercosul, no final de junho, após a destituição do então presidente Fernando Lugo do poder.

"Por intermédio do chanceler [Félix Fernández Echibarria] decidimos pela contratação de uma equipe jurídica de primeiro nível, dos Estados Unidos [para levar a questão a Haia]”, disse o presidente. Anteriormente, Franco tinha anunciado a desistência da ação por considerar que o preço era elevado e a demora demasiada.

Segundo Franco, a equipe de especialistas irá fazer consultorias para verificar a possibilidade de o governo do Paraguai conseguir mover a ação e vencer o embate jurídico com o Mercosul. Para os líderes políticos do bloco, houve o rompimento da ordem democrática no Paraguai pela rapidez e pouco prazo para Lugo se defender no processo de impeachment.

As autoridades do Paraguai negam irregularidades no processo, informando que a Constituição e as leis do país foram seguidas, sem rompimento dos preceitos democráticos. Porém, a medida de suspensão também foi adotada pela União de Nações Sul-Americanas (Unasul) pelo mesmo prazo – até 21 de abril de 2013.

“[A avaliação dos juristas contratados pelo governo paraguaio] pode ajudar a diminuir a situação [de tensão] que estamos passando neste momento ", disse o presidente do Paraguai.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaJustiçaMercosulParaguai

Mais de Mundo

Manifestação reúne milhares em Valencia contra gestão de inundações

Biden receberá Trump na Casa Branca para iniciar transição histórica

Incêndio devastador ameaça mais de 11 mil construções na Califórnia

Justiça dos EUA acusa Irã de conspirar assassinato de Trump; Teerã rebate: 'totalmente infundado'