Mundo

Paradeiro de Mursi ainda é desconhecido

Fonte da Irmandade Muçulmana disse nesta quinta-feira que o presidente deposto do Egito foi separado de sua equipe e levado para o Ministério da Defesa


	As Forças Armadas egípcias depuseram ontem o presidente Mohammed Mursi e designaram como líder interino do país o presidente do Supremo Tribunal Constitucional, Adly Mansour
 (REUTERS/Ueslei Marcelino)

As Forças Armadas egípcias depuseram ontem o presidente Mohammed Mursi e designaram como líder interino do país o presidente do Supremo Tribunal Constitucional, Adly Mansour (REUTERS/Ueslei Marcelino)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de julho de 2013 às 06h12.

Cairo - O paradeiro do presidente deposto do Egito, Mohammed Mursi, continua desconhecido de forma oficial, mas uma fonte da Irmandade Muçulmana disse nesta quinta-feira que Mursi foi separado de sua equipe presidencial e levado para o Ministério da Defesa.

Os militares e a polícia começaram as prisões de altos cargos da Irmandade, segundo denúncias da própria organização islâmica.

Gihad Haddad, um porta-voz da Irmandade Muçulmana, escreveu em sua conta no Facebook que Mursi tinha sido transferido para o Ministério da Defesa e se separado de sua equipe, sem oferecer mais detalhes.

As forças de segurança começaram ontem à noite a prender dirigentes da Irmandade Muçulmana, como o presidente do braço político do grupo, o Partido Liberdade e Justiça (PLJ), Saad Katatni.

Também foi preso o guia espiritual da Irmandade, Mohammed Rachad Bayumi, que, segundo a agência oficial "Mena", foi levado junto com Katatni para as prisões da região de Tora, nos arredores do Cairo.

Os policiais continuam a perseguição de outros dirigentes da Irmandade Muçulmana acusados de incitação à violência e de ameaçarem a paz e a segurança pública, segundo a "Mena".

Por outro lado, o vice-presidente do PLJ, Esam al Arian, disse hoje no Twitter que estas são as consequências previsíveis de um golpe militar contra o primeiro regime árabe democrático.

"A ferocidade das Forças de Segurança aumentará e o (Ministério do) Interior vai impor seu punho", comentou Arian.

As Forças Armadas egípcias depuseram ontem o presidente Mohammed Mursi, eleito há um ano, e designaram como líder interino do país o presidente do Supremo Tribunal Constitucional, Adly Mansour, que deverá convocar e supervisionar as próximas eleições presidenciais.

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaCrise políticaEgitoMohamed MursiPolíticos

Mais de Mundo

Reino Unido pede a seus cidadãos que deixem o Líbano em voos comerciais

Qual o risco de guerra entre Líbano e Israel após as explosões de pagers?

Guarda Revolucionária do Irã promete 'resposta esmagadora' por ataques no Líbano

Biden receberá Zelensky na Casa Branca para falar sobre guerra com a Rússia