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Paradeiro de Guaidó é segredo após autoproclamação como presidente

Tribunal supremo pediu que Justiça atuasse contra o líder opositor e o parlamento após ele se autoproclamar presidente da Venezuela

Juan Guaidó: Líder opositor autodeclarado presidente da Venezuela tem apoio na comunidade internacional (Carlos Becerra/Getty Images)

Juan Guaidó: Líder opositor autodeclarado presidente da Venezuela tem apoio na comunidade internacional (Carlos Becerra/Getty Images)

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EFE

Publicado em 24 de janeiro de 2019 às 19h55.

Caracas - O chefe da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, está bem protegido, mas manterá seu paradeiro em segredo depois de ter se autoproclamado presidente do país, em desafio ao governo de Nicolás Maduro.

As informações sobre o segredo da localização do líder opositor foram repassadas por pessoas próximas a Guaidó a Agência Efe nesta quinta-feira, um dia depois dele ter se declarado presidente em exercício do país, com reconhecimento de vários países.

Apesar disso, Guaidó passou as últimas horas agradecendo o apoio expressado por várias instituições internacionais e governos, entre eles o do Brasil, à decisão tomada por ele ontem.

Duas pessoas próximas a Guaidó afirmaram à Efe que ele está "bem protegido", mas que sua localização será mantida em segredo devido às incertezas sobre a atuação da Justiça da Venezuela.

Pouco depois de o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela se autoproclamar presidente do país, o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) pediu que a Justiça atuasse contra Guaidó e o parlamento.

O juiz Juan José Mendoza, presidente da Sala Constitucional do TSJ, pediu ontem que a Promotoria determinasse a responsabilidade dos integrantes da Assembleia Nacional pela "objetiva materialização de condutas constitutivas de tipo delitivo".

Desde 2016, o Supremo considera que as ações tomadas pela Assembleia Nacional, controlada pela oposição, não são válidas.

Guaidó já foi preso pelo Serviço de Bolivariano de Inteligência (Sebin) há 11 dias. A prisão ocorreu pouco depois de ele afirmar que tinha plenas condições constitucionais para assumir a presidência no lugar de Nicolás Maduro.

A ministra de Serviços Penitenciários, Iris Varela, alertou que já tinha preparado uma cela para Guaidó porque o líder da oposição havia sinalizado que pretendia promover uma mudança no governo do país, algo considerado como golpe de Estado pelo chavismo.

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