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Para tucanos, faltou compromisso concreto de Dilma

Para tucanos, o discurso da presidente na abertura dos trabalhos no Congresso foi vazio e somente trouxe "intenções".

A presidenta Dilma Rousseff chega ao Congresso Nacional para abertura dos trabalhos para a nova legislatura

A presidenta Dilma Rousseff chega ao Congresso Nacional para abertura dos trabalhos para a nova legislatura

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Da Redação

Publicado em 2 de fevereiro de 2011 às 18h34.

Brasília - Lideranças tucanas reclamaram da falta de compromissos concretos no discurso da presidente Dilma Rousseff na abertura dos trabalhos legislativos na tarde de hoje, em Brasília. Para eles, o discurso foi vazio e somente trouxe "intenções". "É um belo conjunto de boas intenções, não muito diferente do que o presidente Lula fez há oito anos. Ouvi com respeito, mas vou guardar meus aplausos quando estas promessas se transformarem em ações, sobretudo em relação às reformas", afirmou o senador Aécio Neves (PSDB-MG).

O senador mineiro destacou a falta de qualquer menção de Dilma ao fortalecimento de Estados e municípios. "O fortalecimento da Federação, dos Estados e dos municípios foi um assunto que passou em branco. Senti falta de uma menção neste sentido".

O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) também reclamou da falta de propostas concretas. Ele citou que a promessa de uma política de longo prazo para o salário mínimo tem o objetivo de tirar o foco da discussão de um aumento maior do que os R$ 545 00 defendidos pelo governo para 2011. "Senti falta de medidas concretas. Este projeto de longo prazo para o salário mínimo é uma forma de tentar escapar da pressão das centrais sindicais por um salário mínimo de R$ 580,00 e do PSDB de um valor de R$ 600,00", afirmou o tucano.

Aloysio ironizou as promessas feitas no discurso: "Continua tudo sem sentido, vazio, uma carência de rumos concretos e muitas promessas. Faltou só anunciar a cura do câncer". O presidente do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE), foi na mesma linha. "O discurso, no geral, é bom, mas o problema é ver se o discurso se converte depois em atos. Sobre a reforma tributária e o salário mínimo, por exemplo, ela teve pouca precisão".

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