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Para Putin, não há prova de ingerência russa nas eleições dos EUA

Presidente russo deu a declaração em entrevista coletiva durante o Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec)

Putin qualificou de "charlatanismo vazio" as acusações que relacionam ex-chefe de campanha de Trump com a Rússia. (Lehtikuva/Martti Kainulainen/Reuters)

Putin qualificou de "charlatanismo vazio" as acusações que relacionam ex-chefe de campanha de Trump com a Rússia. (Lehtikuva/Martti Kainulainen/Reuters)

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EFE

Publicado em 11 de novembro de 2017 às 11h28.

Moscou, 11 nov (EFE).- O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse neste sábado que não existe e não existirá qualquer prova da suposta ingerência russa nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, em entrevista coletiva durante o Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), na cidade de Da Nang, no Vietnã.

Putin qualificou de "charlatanismo vazio" as acusações da investigação dos Estados Unidos que relacionam Paul Manafort, ex-chefe de campanha do agora presidente americano, Donald Trump, com a Rússia e afirmou que os documentos só mencionam os negócios que manteve com o ex-presidente ucraniano Viktor Yanukovych.

"Que relação isto tem com a Rússia? Nenhuma. Aqui, ao final, não tem nada", garantiu ele, em declarações divulgadas pela imprensa russa.

O chefe do Kremlin reiterou a sua posição de que "todas as acusações ligadas ao 'dossiê russo' nos Estados Unidos são manifestações das contínuas lutas internas" nesse país. Perguntado sobre supostas relações entre alguns de seus familiares com representantes da administração americana, Putin respondeu não saber nada sobre e o chamou de "delírio".

Porém, na entrevista coletiva, o presidente russo afirmou que o fato de não ter acontecido um encontro entre ele e o presidente americano durante a cúpula é a prova que existem problemas entre ambos os países.

"A ausência de uma reunião bilateral com o presidente Trump evidencia que a crise nas relações de ambos os países ainda não foi superada", defendeu.

No entanto, insistiu que seu governo está pronto "para virar a página e ir em frente".

"Temos que olhar para o futuro. Resolver problemas de interesse dos americanos e dos russos, pensar em melhorar os nossos laços econômicos com conteúdo concreto e sério", afirmou ele, que depois minimizou a importância da ausência da reunião, o que atribuiu, além disso, a "formalidades do protocolo".

Putin qualificou de "ataque à liberdade de expressão" as medidas adotadas nos Estados Unidos contra a imprensa russa e advertiu que a resposta das autoridades de seu país será igual.

"O ataque aos nossos veículos de comunicação nos Estados Unidos é um ataque à liberdade de expressão. Sem dúvida alguma estamos decepcionados... A resposta das autoridades russas será recíproca", afirmou Putin.

Apesar de não ter ocorrido uma reunião oficial, Putin qualificou de "bem-sucedida" a conversa informal que teve com Trump às margens da cúpula e disse que eles discutiram tudo o que queriam. EFE

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