Inundação na praça de São Marcos: as fortes chuvas causaram enchentes de pelo menos 1.87 metros (Manuel Silvestri/Reuters)
Felipe Giacomelli
Publicado em 14 de novembro de 2019 às 07h30.
Última atualização em 14 de novembro de 2019 às 08h30.
O prefeito de Veneza se prepara para declarar estado de emergência depois que a segunda maior maré já registrada atingiu a cidade italiana com fortes chuvas.
As águas da enchente, chegando a 1.87 metros terão um impacto duradouro na cidade, alertou o prefeito Luigi Brugnaro. "Esses são os efeitos das mudanças climáticas", disse ele em um post no Twitter.
Brugnaro classificou como uma situação dramática, postando vídeos e fotos da alta maré que inundou pontos turísticos. Havia várias imagens mostrando a Praça de São Marcos submersa em água e pessoas andando pelas ruas com água até os joelhos.
⚠Anche oggi affrontando maree che segnano record negativi. Domani dichiareremo lo stato di calamità. Chiediamo al #Governo di aiutarci, i costi saranno alti. Questi sono gli effetti dei cambiamenti climatici. Il Mose va terminato presto. Domani scuole chiuse a Venezia e isole. pic.twitter.com/iD2Y7mbOBf
— Luigi Brugnaro (@LuigiBrugnaro) November 12, 2019
Um relatório de 2017 da Agência Nacional Italiana de Novas Tecnologias, Energia e Desenvolvimento Econômico Sustentável alertou que Veneza ficará submersa dentro de um século se as mudanças climáticas não forem lentas e as defesas adequadas não forem implementadas.
A conta oficial do Twitter da empresa de transporte público da cidade de Veneza Azienda Veneziana della Mobilita e cidadãos usavam a hashtag italiana #acquaalta (maré alta) para postar atualizações sobre a situação nas mídias sociais.
#Acquaalta | Attivata nella sede del Comando di Polizia Locale la Centrale Operativa per monitorare l’andamento della marea e coordinare i servizi con @gruppoveritas, @muoversivenezia, Forze dell’ordine. All’opera anche 40 volontari della Protezione Civile. pic.twitter.com/ULmE5nUL9p
— Luigi Brugnaro (@LuigiBrugnaro) November 12, 2019
O incidente é o mais recente de uma série de desastres ambientais, à medida que surgem evidências de mudanças climáticas em todo o mundo. No início desta semana, mais de 70 incêndios ocorreram em Nova Gales do Sul, na Austrália, danificando propriedades e matando pessoas.