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Para poupar gastos, EUA cancelam visitas à Casa Branca

O público em geral só foi autorizado a voltar a visitar a Casa Branca em setembro de 2003

Casa Branca, residência oficial do presidente norte-americano Barak Obama (Sara Moses/Stock.xchng)

Casa Branca, residência oficial do presidente norte-americano Barak Obama (Sara Moses/Stock.xchng)

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Da Redação

Publicado em 9 de março de 2013 às 11h01.

Washington - A classe de sexta série da Escola Luterana de St. Paul, em Waverly, no Estado norte-americano de Iowa, enviou uma mensagem esta semana que foi ouvida na sala de imprensa da Casa Branca.

"A Casa Branca é a nossa casa", afirmou a classe em um vídeo divulgado no Facebook. "Por favor, deixem-nos visitá-la." Mas a viagem da classe para a Casa Branca, na Pensylvania Avenue, que havia sido marcada para 16 de março, foi cancelada. As visitas à Casa Branca estão suspensas a partir deste sábado por causa dos cortes obrigatórios de gastos. A medida vai fazer o governo federal economizar cerca de 74.000 dólares por semana.

Muitos ficaram com os ingressos na mão, conseguidos com meses de antecedência por meio de membros do Congresso. E não serão trocados por entradas no futuro.

O vídeo das crianças chamou a atenção dos repórteres da Casa Branca, e dos líderes republicanos no Congresso.

"Qual é a sua resposta, ou resposta do presidente, para a sexta série da Escola Luterana de St. Paul?" , perguntou um repórter ao secretário de imprensa da Casa Branca, Jay Carney.

"É extremamente lamentável que tenhamos uma situação como a que nos obriga a cancelar os tipos de compromissos e decisões como as que estas representam", disse Carney.

Ele disse que o Serviço Secreto, que trabalha na organização das excursões, ofereceu várias opções para lidar com os cancelamentos relacionados com os cortes, desde a suspensão das visitas a cortes de folgas e horas extras.


"A fim de permitir que o Serviço Secreto possa cumprir melhor suas principais missões, a Casa Branca tomou infelizmente a decisão de suspender temporariamente essas visitas", declarou Carney.

Quando perguntaram a um outro porta-voz da Casa Branca se doações privadas podem permitir a retomada das visitas, ele respondeu que isso poderia ser inviável, dadas as exigências técnicas dos cortes obrigatórios de despesas.

A última vez que a Casa Branca fechou suas portas para grupos escolares foi depois dos atentados de 11 de setembro de 2001. As visitas foram retomadas em fevereiro do ano seguinte e depois suspensas na primavera de 2003, durante a invasão dos EUA ao Iraque.

O público em geral só foi autorizado a voltar a visitar a Casa Branca em setembro de 2003.

A decisão encontrou pouco apoio entre os que defendem os alunos da St. Paul. Seus apoiadores pediram às pessoas que gostaram do vídeo no Facebook que se manifestem pela retomada das visitas em Washington.

Na sexta-feira tarde, quase 1.000 tinham "curtido" o vídeo, cerca de 500 o tinham compartilhado e mais de 100, comentado.

O presidente da Câmara dos Deputados, John Boehner, enfatizou que as visitas ao Capitólio vão continuar. "Apesar de nosso orçamento ter sido cortado, como todos os outros, graças ao bom planejamento, somos capazes de evitar demissões entre os trabalhadores do Capitólio. As visitas vão permanecer disponíveis para todos os americanos", declarou Boehner a jornalistas na quinta-feira.

Ele qualificou a decisão da Casa Branca de "decepcionante" e "boba", o resultado de um fracasso para encontrar formas de poupar em outras partes do orçamento.

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