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Para Paul Ryan, protestos ameaçam valores da civilização

O candidato à vice-presidência informou que os protestos perante embaixadas demonstram que os ''valores da civilização'' estão correndo risco


	Paul Ryan: ''A paz, a liberdade e os valores da civilização têm inimigos neste mundo, como nos lembram os fatos no Egito, no Iêmen e na Líbia''
 (©AFP/Getty Images / Jeffrey Phelps)

Paul Ryan: ''A paz, a liberdade e os valores da civilização têm inimigos neste mundo, como nos lembram os fatos no Egito, no Iêmen e na Líbia'' (©AFP/Getty Images / Jeffrey Phelps)

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Da Redação

Publicado em 14 de setembro de 2012 às 20h22.

Washington - O candidato republicano à vice-presidência dos Estados Unidos, Paul Ryan, disse nesta sexta-feira que os ataques no Oriente Médio contra sedes diplomáticas americanas mostram que os ''valores da civilização'' estão correndo risco.

Ryan, que participou nesta sexta-feira do evento político conservador ''Eleitores de Valores'', afirmou que o que classificou como falta de determinação do presidente Barack Obama em dar resposta aos protestos encorajou os manifestantes que atacam sedes diplomáticas em países de maioria muçulmana.

O candidato à vice-presidência informou que os protestos perante embaixadas e os ataques como o ocorrido contra o consulado americano em Benghazi, Líbia, no qual morreu o embaixador americano no país, Chris Stevens, demonstram que os ''valores da civilização'' estão correndo risco.

''O menor sinal equivocado ou contraditório aos que protestam só os encorajará mais'', opinou Ryan em um discurso no qual destacou também seus valores católicos e a importância de Deus como pilar da democracia americana.

''A paz, a liberdade e os valores da civilização têm inimigos neste mundo, como nos lembram os fatos no Egito, no Iêmen e na Líbia'', disse Ryan, que se referiu aos responsáveis como ''extremistas que operam em meio à violência e à intimidação''.

Ryan criticou que a Administração de Obama tenha tratado Israel ''com uma indiferença que beira o desprezo'' enquanto permite que sejam massacrados os ''valentes dissidentes'' na Síria e que o Irã esteja cada vez mais perto de uma bomba atômica.

O candidato a vice-presidente e congressista por Wisconsin disse que durante os quatro anos do governo de Obama o país ficou sem ''liderança'', que em sua opinião se baseia em uma política externa ''com clareza moral e firmes propósitos''.

Na reunião de dois dias em Washington que vem sendo chamada de ''o principal acontecimento conservador de 2012'' também discursou a deputada e ex-aspirante à candidatura presidencial republicana, Michele Bachmann.

A política disse que os EUA se encontram em guerra ''muito real'' e que a morte do embaixador líbio e os protestos em frente a embaixadas ''foram um ato proposital realizado por radicais islamitas que querem impor suas crenças ao resto do mundo''.

Michele ponderou no evento - repleto de menções à religião cristã e aos valores tradicionais americanos - que nem todos os muçulmanos são radicais, ''mas não podemos ignorar que existe um ramo do islã que está dedicado à destruição dos EUA e de nosso aliado, Israel''.

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