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Para Mogherini, UE deve pressionar por solução na Síria

A chefe da diplomacia europeia explicou que, após acordo nuclear com o Irã, a reunião de hoje se centrará especialmente na situação "na Síria e arredores"


	Diplomacia: "Acredito que é uma clara tarefa europeia incluir na agenda da comunidade internacional a necessidade de pôr fim à catástrofe ali"
 (Leonhard Foeger / Reuters)

Diplomacia: "Acredito que é uma clara tarefa europeia incluir na agenda da comunidade internacional a necessidade de pôr fim à catástrofe ali" (Leonhard Foeger / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 18 de janeiro de 2016 às 09h45.

Bruxelas - A chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, afirmou nesta segunda-feira que a União Europeia (UE) tem a responsabilidade de incluir na agenda internacional a necessidade de terminar com a catástrofe na Síria e de trabalhar no acesso humanitário às cidades desse país.

Mogherini explicou, na sua chegada a um Conselho de Ministros das Relações Exteriores que, após as "boas notícias" de sábado com relação à implementação do acordo nuclear com o Irã, a reunião de hoje se centrará especialmente na situação "na Síria e arredores".

"Ontem tivemos terríveis notícias de dentro da Síria. Acredito que é uma clara tarefa europeia incluir na agenda da comunidade internacional a necessidade de pôr fim à catástrofe ali, de trabalhar no acesso humanitário às cidades na Síria", assinalou.

Além disso, indicou, cabe aos 28 "garantir que, conforme trabalhamos no processo político que esperamos que finalmente comece, nos asseguremos que a situação no terreno melhorou para os sírios, tanto dentro como fora da Síria".

Ela contou que há poucos dias falou deste assunto tanto com o enviado especial da ONU para a Síria, Staffan de Mistura, como com a oposição síria, e que deve informar hoje os ministros sobre essas conversas.

Mogherini indicou ainda que, no almoço de trabalho de hoje, que terá como convidado o ministro de Relações Exteriores da Jordânia, Nasser Judeh, falarão também da Síria e das "implicações regionais".

Ontem à noite ela teve uma reunião com o chefe da diplomacia da Jordânia, "um parceiro forte e importante para a UE, não só na gestão da crise de refugiados, mas também em relação com os processos políticos que tentamos promover na região"

A alta representante da UE assinalou que o Conselho também discutirá a situação no Iraque, assim como o apoio da UE à Ucrânia.

Serão revisadas as últimas informações sobre a aplicação do acordo de paz Minsk no leste ucraniano e, especialmente, o apoio a agenda de reformas desse país.

Mogherini reiterou que confia que a implementação do acordo nuclear iraniano dará uma oportunidade para intensificar a cooperação regional para resolver o conflito na Síria e "outras crises".

"Tenho 100% de certeza que o que fizemos no sábado em Viena é um passo grande e importante na boa direção para a região, não só para a segurança do mundo em termos da agenda nuclear", disse.

"Demonstramos que inclusive as relações mais difíceis podem chegar a bons resultados através do diálogo, da diplomacia e da cooperação", indicou.

E garantiu que isto "é verdade também para os atores na região", embora tenha admitido que "não será rápido e fácil, assim como o acordo (sobre o Irã) não foi rápido e fácil, mas chegou ao final".

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