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Para Marina, país perde liderança ambiental

Segundo a ex-ministra, o novo Código Florestal dificulta os cortes nas emissões de gases-estufa do Brasil e pode alterar o cenário de redução do desmatamentos

Marina: "O Brasil tem papel muito importante nessa COP. É fundamental continuar com sua posição pró-ativa. Os países estão olhando para o Brasil para ser uma inspiração" (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

Marina: "O Brasil tem papel muito importante nessa COP. É fundamental continuar com sua posição pró-ativa. Os países estão olhando para o Brasil para ser uma inspiração" (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

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Da Redação

Publicado em 8 de dezembro de 2011 às 10h10.

São Paulo - A ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva disse hoje (7) em Durban, durante a 17ª Conferência do Clima da ONU (COP17), que a lei que altera o Código Florestal aprovada pelo Senado "dificultará em muito as metas" assumidas pelo país de cortar emissões de gases-estufa e pode alterar o cenário de redução do desmatamentos.

Para Marina, a lei faz com que o Brasil perca a posição de liderança que assumiu entre os países emergentes nas negociações climáticas. "O Brasil tem papel muito importante nessa COP. É fundamental continuar com sua posição pró-ativa. Os países estão olhando para o Brasil para ser uma inspiração. Obviamente que (com essa aprovação) isso fica enfraquecido", disse ela.

Ela lembrou que os 11% de redução no desmatamento da Amazônia neste ano, comparado ao período anterior, foram obtidos com a atual legislação. "Com sua remoção, as coisas podem ficar bem diferentes". Marina afirmou que o texto aprovado anistia desmatadores, reduz a proteção e ampliará o desmatamento, além de suspender as autuações em todas as ocupações ilegais feitas até julho de 2008. De acordo com ela, a nova lei reduzirá Áreas de Preservação Permanente (APPs), como topos de morro e margens de rios. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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