Ministra da Justiça de Israel, Tzipi Livni: "Lar Judaico (Habait Hayeudí) se opõe à solução de dois Estados, e isso é muito problemático no contexto das negociações", disse (AHIKAM SERI / Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 20 de agosto de 2013 às 13h38.
Jerusalém - A ministra da Justiça e chefe negociadora de Israel, Tzipi Livni, disse nesta terça-feira que a presença do partido de extrema direita Lar Judaico no governo põe em risco os esforços para conseguir um acordo de paz com os palestinos.
Em entrevista à rádio pública israelense, Livni se mostrou partidária de substituir essa formação política pelo Partido Trabalhista, atualmente na oposição, a fim de impulsionar as negociações com os palestinos, reatadas após quase três anos de inércia.
"Lar Judaico (Habait Hayeudí) se opõe à solução de dois Estados, e isso é muito problemático no contexto das negociações", disse Livni.
Na sua opinião, com o objetivo de fazer o recém-nascido processo de paz avançar devem ser adotadas decisões-chave.
A representante israelense, que se reuniu na semana passada em Jerusalém com uma equipe palestina no novo processo de diálogo entre as duas partes promovido por Washington, acrescentou que voltará a participar de uma rodada de negociações, embora não tenha definido o local nem o momento.
As conversas entre israelenses e palestinos estão se caracterizando desta vez por uma grande discrição e o conteúdo e a agenda dos contatos quase não têm vazado.
Por sua vez, o chefe do Lar Judaico, Naftalí Benet, respondeu pelo Facebook às declarações da ministra com uma fala em hebraico que pode ser traduzida como "cresça já".
A chefe do Partido Trabalhista israelense, Shelly Yachimovich, enumerou na sexta-feira ao jornal "Ha"aretz" uma série de condições para que seu partido se somasse eventualmente ao atual Executivo.
Entre elas está um papel destacado dos Estados Unidos na elaboração de um acordo definitivo de paz, que se adote a decisão de evacuar os assentamentos judaicos isolados em território palestino e a saída do Lar Judaico da coalizão. EFE