Mundo

Para Irã, acordo nuclear abrirá porta a cooperação regional

País destaca que acordo sobre seu programa nuclear pode abrir caminhos para cooperação com seus vizinhos, defendendo negociações de paz para o conflito no Iemên

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de abril de 2015 às 21h10.

O Irã destacou nesta segunda-feira que um acordo sobre seu programa nuclear abrirá caminho para uma maior cooperação com seus vizinhos, e defendeu negociações de paz para acabar com o conflito no Iêmen.

"Com uma valente liderança e a audácia para tomar as decisões corretas, podemos e devemos por fim a esta crise fabricada e seguir adiante em questões muito mais importantes", disse o ministro iraniano das Relações Exteriores, Mohammed Javad Zarif, em referência às suspeitas sobre o programa nuclear de Teerã.

A posição de Zarif veio através de uma coluna publicada no jornal The New York Times, sob o título "Uma mensagem do Irã", antes da nova rodada de conversações em Viena, esta semana, com as potências estrangeiras sobre o programa nuclear iraniano.

A Casa Branca, que acusa o Irã de exacerbar as tensões mediante seu "apoio" e a "entrega de armas" aos rebeldes huthis no Iêmen, reagiu com firmeza ao texto.

O porta-voz da presidência americana Josh Earnest destacou a "ironia" da declaração de Zarif de "defender uma solução diplomática quando, ao mesmo tempo, seu país segue entregando armas às partes envolvidas para que continuem com a violência".

Teerã e o grupo 5+1 (China, Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia e Alemanha) firmaram no início de abril um acordo básico sobre o programa nuclear iraniano, após meses de negociações.

Agora, têm até o dia 30 de junho para solucionar os aspectos técnicos e jurídicos deste pacto e firmar um documento definitivo.

"O Irã é claro: o alcance do nosso compromisso construtivo vai além das negociações nucleares", escreveu Zarif, destacando que o "tema nuclear foi o sintoma e não a causa da desconfiança e do conflito".

"Não é uma questão de levantar ou derrubar governos: o tecido social, cultural e religioso de países inteiros está sendo despedaçado".

O Irã apresentou na semana passada um plano de paz de quatro pontos para o Iêmen que defende um cessar-fogo imediato, um acesso humanitário "sem restrições", a retomada do diálogo nacional entre todos os protagonistas e a "formação de um governo de união nacional sem exclusões".

Zarif propôs ainda um diálogo no Golfo que inclua "os atores regionais relevantes" com o objetivo de alcançar o "respeito à soberania e à integridade territorial", assim como a "inviolabilidade das fronteiras internacionais" e a "não interferência nos assuntos internos".

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaEmpresasEstados Unidos (EUA)IêmenIndústriaIndústria de armasIndústrias em geralIrã - PaísJornaisPaíses ricosTeerãThe New York Times

Mais de Mundo

Votação antecipada para eleições presidenciais nos EUA começa em três estados do país

ONU repreende 'objetos inofensivos' sendo usados como explosivos após ataque no Líbano

EUA diz que guerra entre Israel e Hezbollah ainda pode ser evitada

Kamala Harris diz que tem arma de fogo e que quem invadir sua casa será baleado