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Para Hollande, Coalizão Nacional é único representante sírio

O aval do chefe de Estado francês chegou acompanhado do reconhecimento que essa entidade deverá ser o futuro governo provisório da Síria democrática


	François Hollande discursa na Assembleia Geral da ONU: para ele, a questão da entrega de armas à oposição síria ''será necessariamente replanejada''
 (©AFP / Don Emmert)

François Hollande discursa na Assembleia Geral da ONU: para ele, a questão da entrega de armas à oposição síria ''será necessariamente replanejada'' (©AFP / Don Emmert)

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Da Redação

Publicado em 13 de novembro de 2012 às 18h28.

Paris - O presidente francês, François Hollande, reconheceu publicamente nesta terça-feira a Coalizão Nacional Síria das Forças de Oposição e da Revolução (CNFROS) como única representante do povo sírio.

O aval do chefe de Estado francês chegou acompanhado do reconhecimento que essa entidade deverá ser o futuro governo provisório da Síria democrática que permitirá acabar com o regime de Bashar al Assad.

Hollande disse, além disso, que a questão da entrega de armas à oposição síria 'será necessariamente replanejada'.

A CNFROS foi criada no domingo passado após o acordo alcançado por uma parte dos grupos opositores sírios e a aliança seguirá dominada pelo Conselho Nacional Sírio (CNS), com a aspiração de acabar com a divisão da oposição, apesar de não ter conseguido aglutiná-la.

No entanto, como reconheceram os próprios dirigentes do CNS, esta nova aliança já nasceu enfraquecida pela ausência de vários grupos importantes.

O pacto alcançado no domingo estipula a criação de uma coalizão que contará com um corpo judicial em 'zonas liberadas' dentro da Síria e que atuará como autoridade interina até uma hipotética derrocada do regime de Assad, além de apoiar os conselhos militares rebeldes.

Como presidente deste órgão foi eleito por unanimidade o clérigo Ahmed Muaz al Khatib, de 52 anos e antigo ímã da Grande Mesquita dos Omíadas em Damasco, que foi detido em várias ocasiões após a explosão da revolução síria em março de 2011.

Paris apoia há meses os conselhos revolucionários sírios a fim de que estes possam garantir a prestação de alguns serviços básicos para a população desse país, como a ajuda médica e alimentícia.

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