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Para Hamas, formação de um novo governo palestino é ilegal

Lei estipula que todo novo gabinete deve ser aprovado pelo Conselho Legislativo

Mahmoud Abbas, presidente palestino: Hamas comparou governo da ANP com o do Egito (Getty Images)

Mahmoud Abbas, presidente palestino: Hamas comparou governo da ANP com o do Egito (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 14 de fevereiro de 2011 às 09h31.

Gaza - O movimento islâmico Hamas, que governa a Faixa de Gaza, considerou "ilegal" a renúncia do Governo da Autoridade Nacional Palestina (ANP) liderado por Salam Fayyad e o anúncio da formação de um novo Executivo.

"Esta medida é ilegal e a rejeitamos". O Governo tem que ganhar a confiança do Parlamento, disse o porta-voz do Hamas, Sami Abu Zuhri.

A Lei Básica palestina estipula que todo novo gabinete deve ser aprovado pelo Conselho Legislativo Palestino em um prazo de três semanas que pode ser prolongado por até cinco semanas.

O Hamas conta com maioria absoluta no Parlamento, que permanece dissolvido desde que o movimento islâmico tomou pela força o poder em Gaza em 2007.

Segundo Zuhri, a decisão do presidente da ANP, Mahmoud Abbas, de aceitar a renúncia do Gabinete e encarregar Fayyad pela formação de um novo Executivo "tem como objetivo criar confusão e ocultar os escândalos publicados pela emissora 'Al Jazeera' no mês passado" sobre o conteúdo das negociações de paz entre Israel e Organização para a Libertação da Palestina (OLP).

A situação do Governo da ANP "é similar ao que ocorreu na Tunísia e no Egito", acrescentou o porta-voz.

Ele também afirmou que a decisão de mudar o Governo é contraditória com a convocação de eleições presidenciais e legislativas para setembro, o que foi anunciado pela ANP no último fim de semana e que o Hamas rejeita.

A divisão política entre a ANP e o Governo do Hamas em Gaza impediu até agora a realização de eleições, apesar de tanto o mandato presidencial quanto o parlamentar terem expirado.

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