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Para evitar nova eleição, esquerda pede novas conversas com Sánchez

Caso os partidos de esquerda não consigam formar uma maioria no Parlamento até 23 de setembro, uma nova votação ocorrerá em 10 de novembro

Primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez (Susana Vera/Reuters)

Primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez (Susana Vera/Reuters)

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Reuters

Publicado em 11 de setembro de 2019 às 12h08.

Última atualização em 17 de setembro de 2019 às 15h08.

Madri — O líder do partido espanhol de extrema-esquerda Unidas Podemos pediu nesta quarta-feira uma nova rodada de conversas com o Partido Socialista, do primeiro-ministro interino, Pedro Sánchez, para romper um impasse e evitar uma nova eleição na Espanha.

"Volto a estender minha mão a você", disse Pablo Iglesias durante um debate parlamentar com Sánchez.

"Você nos fez uma proposta e nós fizemos uma contraproposta. Sugiro que, com base nestas duas propostas, sentemos para negociar".

Ele disse que "a coletividade espanhola conseguiria" um acordo para formar um governo, ainda que nenhuma das partes consiga exatamente o que queria.

Sánchez respondeu que seu partido quer um acordo.

"Somos os últimos que querem uma nova eleição", afirmou. "O que queremos é que a Espanha tenha um governo forte".

Na terça-feira, os dois partidos disseram que as conversas, nas quais o Podemos exigiu postos no gabinete em troca de apoio, chegaram a um beco sem saída. Se eles não conseguirem formar um governo até 23 de setembro, uma nova votação ocorrerá em 10 de novembro.

Os socialistas querem que o Podemos os apóiem ser participar do gabinete, o que este recusa.

A política espanhola está no limbo desde uma eleição inconclusiva de abril que os socialistas venceram, mas sem cadeiras suficientes para governarem por conta própria. Pesquisas de opinião mostram que isso dificilmente traria mais clareza para o quadro.

Uma votação repetida seria a quarta em quatro anos. Os partidos espanhóis lutam para encontrar maneiras de governar o país em uma era na qual novas siglas confrontam um sistema político de fato de dois partidos, dominado durante décadas pelos socialistas e pelo conservador Partido Popular (PP).

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