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Para Brasil, China ajudará na integração latino-americana

Embaixador do país na China prevê 'um futuro brilhante' nas relações entre os países 'em transformação', assim como 'uma nova geração de investimentos'

'A China tem uma visão muito clara das mudanças que estão em curso no mundo', disse o embaixador (Feng Li/Getty Images)

'A China tem uma visão muito clara das mudanças que estão em curso no mundo', disse o embaixador (Feng Li/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 28 de março de 2012 às 21h25.

Madri - As crescentes relações comerciais entre China e os países da América Latina e o Caribe 'fomentarão a integração regional e, por sua vez, a da região no conjunto da economia internacional', segundo afirmou nesta quarta-feira em Madri o embaixador do Brasil no país asiático, Clodoaldo Hugueney.

O embaixador foi o principal participante da conferência 'O Momento Atual da China e as Relações com o Brasil, América Latina e Caribe', que aconteceu na Secretaria Geral Ibero-Americana (Segup), para a qual também foi convidado o embaixador chinês na Espanha, Zhu Bangzao.

Antes de seu discurso, Enrique Iglesias, secretário-geral ibero-americano, destacou a importância da China para as economias do mundo e, especialmente, para os países emergentes latino-americanos.

Nesse sentido, Hugueney ressaltou o 'grande entendimento' que há anos existe entre o Brasil e o país asiático, com o qual desenvolve 'um plano de ação conjunta' em nível global, mas também 'em determinadas áreas específicas'.

O diplomata brasileiro se referiu, entre esses setores, à tecnologia, ciência e inovação e ao meio ambiente, às energias renováveis e aos biocombustíveis.

Destacou também a importância no estabelecimento de novas pontes culturais, frisando que 'é necessário reduzir a brecha do conhecimento recíproco'.


'Definitivamente se trata de mudar alguns aspectos em matéria de comércio e investimentos, mas também de diversificar. É preciso corrigir problemas, buscar soluções de comum acordo e desenvolver novas áreas', declarou.

Hugueney prevê 'um futuro brilhante' nas relações entre os dois países 'em transformação', assim como 'uma nova geração de investimentos brasileiros na China'.

Para além das fronteiras brasileiras, indicou que a América Latina enfrenta o desafio de fazer com que a atual relação com o país asiático 'seja ainda mais rica'.

'A China tem uma visão muito clara das mudanças que estão em curso no mundo. Hoje é um parceiro indispensável para qualquer país. Todos buscam desenvolver com ela novas relações', especificou.

Por sua parte, o embaixador chinês na Espanha, Zhu Bangzao, salientou o crescente interesse que seu país está despertando em nível internacional e as estreitas relações estabelecidas com o Ocidente.

A China se transformou na última década em um dos principais parceiros comerciais da América Latina, especialmente através da demanda de matérias-primas para alimentar sua elevada taxa de crescimento. 

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