Congresso americano: desencanto com o Congresso chega a menos de um ano para eleições legislativas de novembro de 2014 (Lawrence Jackson/White House)
Da Redação
Publicado em 26 de dezembro de 2013 às 18h20.
Washington - Uma pesquisa divulgada pela CNN nesta quinta-feira mostrou que 73% dos americanos acha que o Congresso não fez praticamente nada bom para o país desde as eleições de novembro de 2012.
O Congresso só aprovou 58 leis desde o começo da nova legislatura em janeiro deste ano, o nível mais baixo desde 1947.
Dividido entre uma Câmara dos Deputados dominada pelos republicanos e um Senado de maioria democrata, o Congresso não pôde evitar, em outubro, o fechamento parcial da administração pública por 16 dias pela falta de acordo sobre o orçamento federal.
Os legisladores não conseguiram aprovar um plano orçamentário até dezembro e, embora tenham conseguido fechá-lo à beira do prazo para evitar uma nova paralisação em janeiro, muitos detalhes ainda estão para serem acordados sobre a política orçamentária, de investimentos e fiscal.
O Congresso também não conseguiu avançar na finalização de uma reforma migratória, outro dos projetos de lei está há meses em discussão nas câmaras.
O desencanto com o Congresso chega a menos de um ano para eleições legislativas de novembro de 2014.
A pesquisa da "CNN", que tem margem de erro de 3% para mais ou para menos, mostrou que 43% dos americanos não está entusiasmado com a possibilidade de comparecer às urnas, contra 25% de quatro anos atrás.
Na pesquisa, realizada em meados de dezembro, as intenções de voto foram 49% para os republicanos contra 44% para os democratas, partido que perdeu em só dois meses a vantagem com a qual contava.
Na última pesquisa, em setembro, 50% dos eleitores registrados mostrava sua intenção de votar em um candidato democrata nas eleições legislativas, contra 42% dos republicanos.
Os democratas perderam seis pontos exatamente durante o imenos fracasso do lançamento do mercado virtual de contratação de seguros, entre outubro e início de dezembro, um obstáculo para a polêmica reforma da saúde de Obama, aprovada em 2010.
A isto se uniram as pessoas satisfeitas com seus seguros médicos, apesar de não cumprirem o mínimo requerido pela reforma, e que foram cancelados, o contrário da promessa reiterada pelo presidente Barack Obama de que o velho seguro poderia ser mantido se o segurado estivesse contente com ele.