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Para 1/3 dos americanos, Hollywood tem problema com minorias

Um terço dos americanos disse acreditar que Hollywood não dá atenção adequada às minorias e às mulheres, de acordo com uma pesquisa


	Hollywood: neste ano, se destacou a ausência da diversidade entre os indicados ao Oscar
 (Wikimedia Commons)

Hollywood: neste ano, se destacou a ausência da diversidade entre os indicados ao Oscar (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 18 de fevereiro de 2015 às 22h54.

 LOS ANGELES - Em um ano no qual se destacou a ausência da diversidade entre os indicados ao Oscar, um terço dos norte-americanos disse acreditar que Hollywood não dá atenção adequada às minorias e às mulheres, de acordo com uma pesquisa anual da Reuters/Ipsos.

Trinta e quatro por cento das cerca de 2 mil pessoas entrevistadas on-line disseram acreditar que Hollywood tem um problema generalizado com as minorias e 32 por cento disseram que a capital da indústria do cinema evita fazer filmes com potencial ao Oscar com apelo para as minorias.

Cerca de dois terços dos entrevistados negros, ou 62 por cento, disseram que Hollywood tinha um problema com as minorias, comparados a 48 por cento entre os grupos minoritários em geral.

O modo como as mulheres são tratadas obteve um resultado geral levemente melhor, com 32 por cento dos entrevistados respondendo que Hollywood tinha um problema com as mulheres e 29 por cento dizendo existirem poucos filmes voltados para audiência feminina.

Mas as mulheres foram somente um pouco mais negativas do que os homens ao serem questionadas sobre a situação das mulheres na indústria do cinema. Vinte e oito por cento dos homens e 30 por cento das mulheres disseram achar que Hollywood produzia poucos filmes com qualidade de Oscar que fossem voltados para as mulheres.

Os dados surgem um mês após as indicações ao Oscar revelarem que nenhum ator negro concorre entre as quatro categorias de atuação e que nenhuma mulher concorre aos prêmios de melhor direção ou roteiro - a serem entregues na cerimônia de domingo no que tem sido chamado por especialistas de “o Oscar mais branco” dos últimos anos.

Entre as ausências mais polêmicas estiveram as de “Selma”, uma cinebiografia de Martin Luther King Jr., que assegurou indicações aos prêmios de melhor filme e melhor canção, mas cuja diretora negra Ava DuVernay e ator protagonista David Oyelowo acabaram excluídos do Oscar.

A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas possui cerca de 6.100 membros, selecionados pela qualidade de seu trabalho e por recomendações dos membros atuais. Um levantamento de 2012 feito pelo Los Angeles Times mostrou que 94 por cento dos integrantes da Academia eram brancos e 77 por cento homens com idade média de 62 anos.

A Reuters/Ipsos entrevistou 1.988 norte-americanos pela Internet entre 13 e 18 de fevereiro, com margem de erro de 2,5 pontos percentuais para mais ou menos.

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