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Paquistão testa míssil com capacidade nuclear

Segundo uma nota oficial, o teste consistiu no lançamento sucessivo de quatro projéteis de uma plataforma de lançamento móvel "de última geração"


	Míssil: o míssil faz parte do armamento nuclear tático paquistanês, desenvolvido recentemente para resistir à estratégia de defesa da Índia
 (AFP/ISPR/Inter Services Public Relations)

Míssil: o míssil faz parte do armamento nuclear tático paquistanês, desenvolvido recentemente para resistir à estratégia de defesa da Índia (AFP/ISPR/Inter Services Public Relations)

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Da Redação

Publicado em 5 de novembro de 2013 às 05h23.

Islamabad - O Exército do Paquistão efetuou "com sucesso" nesta terça-feira um teste múltiplo do míssil com capacidade nuclear denominado Nasr, que tem alcance de 60 quilômetros e faz parte do arsenal nuclear tático do país asiático.

O teste, segundo uma nota oficial, consistiu no lançamento sucessivo de quatro projéteis de uma plataforma de lançamento móvel "de última geração", e foi presenciado por boa parte da cúpula militar paquistanesa, inclusive o chefe do Exército, Ashfaq Pervez Kiyani.

O Nasr - também denominado Hatf IX - tem capacidade de manobrar durante o voo e, conforme testes anteriores, o Exército afirmou que faz parte de "um sistema de resposta rápida" e "de dissuasão frente às ameaças colocadas por cenários em transformação".

O míssil faz parte do armamento nuclear tático paquistanês, desenvolvido recentemente para resistir à estratégia de defesa desenvolvida pelo grande rival regional do Paquistão, a Índia, que também possui um arsenal nuclear.

Neste grupo de armas táticas se encontra também o Abdali, um projétil com alcance de 180 quilômetros que foi testado com sucesso no início do ano.

Esses mísseis são mais um passo na escalada armamentista dos dois países, já que deixam o adversário quase sem margem de resposta porque reduzem para poucos minutos o intervalo de tempo entre o lançamento e seu impacto.

Uma das principais razões para o desenvolvimento de armas desse tipo, segundo diversos analistas, está na necessidade paquistanesa de resistir à doutrina de defesa indiana denominada "Cold Start", estabelecida em 2004.

Embora não assumida oficialmente pelo governo indiano, essa doutrina foi admitida por membros do Exército indiano e se baseia na possibilidade de se realizar uma invasão terrestre relâmpago em solo paquistanês que deixe o rival sem resposta.

Essa possibilidade e o desenvolvimento de sistemas antimísseis indianos, que reduzem a capacidade de dissuasão dos mísseis paquistaneses de longo alcance, levaram os gerentes militares do Paquistão a repensar a configuração de seu arsenal estratégico. EFE

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