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Paquistão propõe que 5% dos candidatos elegíveis sejam mulheres

Em 2013, nas ultimas eleições gerais, apenas 3% do conjunto de candidatos eram mulheres

Paquistão: proposta aprovada hoje pelo governo deve ser aprovada no Parlamento para que entre em vigor (Aamir Qureshi / AFP)

Paquistão: proposta aprovada hoje pelo governo deve ser aprovada no Parlamento para que entre em vigor (Aamir Qureshi / AFP)

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EFE

Publicado em 7 de fevereiro de 2017 às 13h58.

Islamabad - O governo paquistanês aprovou nesta terça-feira uma moção para que 5% dos candidatos a cargos escolhidos através de eleição sejam mulheres e que pelo menos 10% dos votos venham de cidadãs de cada circunscrição, uma proposta que deve ser aprovada pelo Parlamento e que foi recebida com frieza pelos ativistas.

Em entrevista coletiva, o ministro da Justiça do Paquistão, Zahid Hamid, informou que o Executivo aprovou hoje essa proposta para as eleições gerais e regionais.

Com o mínimo exigido de voto feminino por circunscrição, "evitamos a presunção que impediu as mulheres de votar", acrescentou.

Em 2013, nas ultimas eleições gerais, só 43% do total de eleitores registrados e apenas 3% do conjunto de candidatos eram mulheres.

Atualmente, 69 mulheres ocupam cadeiras no Parlamento paquistanês (de um total de 272), mas só nove foram eleitas em 2013, as 60 poltronas restantes são reservadas por lei as mulheres que não se apresentam a pleito.

A proposta aprovada hoje pelo governo deve ser aprovada no Parlamento para que entre em vigor.

Para o chefe da ONG Programas da Rede de Eleições Livres e Limpas, Muddassir Rizvi, essas mudanças são insuficientes.

"É uma medida cosmética que não mudará a participação política significativamente", afirmou Rizvi, que defende que a cota feminina deveria ser de 17% ou 20%.

Com relação ao mínimo de cédulas depositadas por mulheres, o ativista afirmou que o voto é uma questão muito local. Em sua opinião, a aplicação dessa norma devia ser por colégio eleitoral e não por circunscrição.

"Para atingir os resultado e garantir a presença das mulheres votando é preciso aplicar a cada colégio", ressaltou.

O Paquistão foi liderado pela primeira-ministra Benazir Bhutto, assassinada em 2007, em duas ocasiões na década de 90. Apesar disso, são poucas as representantes do sexo feminino em cargos políticos.

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