Países têm um longo histórico de rivalidade (ARUN SANKAR / AFP)
Redatora
Publicado em 24 de abril de 2025 às 09h01.
Última atualização em 24 de abril de 2025 às 09h02.
O Paquistão adotou uma série de medidas em resposta ao recente ataque na região da Caxemira, que resultou na morte de 26 pessoas, a maioria turistas. Entre as ações, o governo paquistanês anunciou o cancelamento de vistos para cidadãos indianos, a suspensão de todo comércio bilateral e o fechamento do espaço aéreo para aeronaves operadas pela Índia.
O ataque, ocorrido na terça, 22, foi o mais mortal em anos contra civis na Caxemira, região de domínio indiano. Embora o governo indiano tenha responsabilizado grupos militantes com base no Paquistão, ele não apresentou evidências conclusivas ligando diretamente o país ao ataque.
O Paquistão, por sua vez, negou envolvimento, afirmando que o ataque foi reivindicado por um grupo até então desconhecido, a Resistência da Caxemira.
Essas medidas acontecem em um contexto de crescente tensão diplomática entre os dois países, que têm um longo histórico de rivalidade.
Além das medidas retaliatórias, o Paquistão também emitiu um alerta à Índia sobre o possível desvio das águas do rio Indo, após a Índia suspender o Tratado das Águas do Indo. O Paquistão classificou qualquer tentativa de cortar o fluxo das águas do rio como um "ato de guerra", prometendo uma resposta militar imediata.
O Tratado das Águas do Indo, firmado em 1960, regula o uso compartilhado das águas dos rios Indo, Jhelum e Chenab entre os dois países. A suspensão unilateral do tratado pela Índia gera um clima de incerteza, especialmente entre estados ribeirinhos do Paquistão, que dependem dos recursos hídricos.