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Paquistão executa 12 presos antes do começo do Ramadã

Ontem um porta-voz do Ministério do Interior paquistanês, que pediu o anonimato, explicou à Efe que "é uma prática comum" deter as execuções em Ramadã


	Soldados no Paquistão: O chefe de prisões do Punjab, Farooq Nazir, afirmou hoje à Agência Efe que as execuções "fazem parte do plano nacional"
 (A Majeed/AFP)

Soldados no Paquistão: O chefe de prisões do Punjab, Farooq Nazir, afirmou hoje à Agência Efe que as execuções "fazem parte do plano nacional" (A Majeed/AFP)

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Da Redação

Publicado em 16 de junho de 2015 às 09h27.

Islamabad - Pelo menos 12 réus foram executados nesta terça-feira antes do início, na sexta-feira, da moratória à aplicação da pena de morte imposta pelas autoridades pasquitanesas por causa do mês do Ramadã, a época sagrada para os muçulmanos.

As execuções ocorreram em várias prisões da província oriental do Punjab, segundo informaram autoridades penitenciárias, que especificaram que a maioria dos presos enforcados tinham sido condenados por assassinato.

O chefe de prisões do Punjab, Farooq Nazir, afirmou hoje à Agência Efe que as execuções "fazem parte do plano nacional" iniciado em dezembro pelo governo como resposta ao massacre cometido por um grupo talibã em uma escola no qual morreram 132 estudantes.

"Não enforcamos porque se aproxima o mês do Ramadã. (...) Não tenho certeza se haverá alguma execução antes" do início do mês sagrado, esclareceu o chefe de prisões provincial.

Ontem um porta-voz do Ministério do Interior paquistanês, que pediu o anonimato, explicou à Efe que "é uma prática comum" deter as execuções em Ramadã, quando são exaltados os valores islâmicos e os muçulmanos são chamados ao jejum diário e à meditação religiosa.

O Paquistão levantou em dezembro passado a moratória à aplicação da pena capital que de fato existia no país desde 2008 depois que um grupo talibã realizava um sangrento ataque a uma escola no qual morreram 132 crianças.

Inicialmente o levantamento afetava os delitos de terrorismo, mas desde março a aplicação foi extensiva a qualquer condenado à pena capital.

Desde dezembro, o Paquistão executou cerca de 160 réus dos 8 mil que estão no corredor da morte.

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