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Paquistão diz que libertará amanhã mulá Baradar

Autoridades do Paquistão já tinham dito no início do mês que libertariam o mulá, preso em seu território desde 2010


	Militares: paquistão aceitou a conta-gotas às demandas afegãs de libertar insurgentes afegãos que estão em suas prisões 
 (Faisal Mahmood/Reuters)

Militares: paquistão aceitou a conta-gotas às demandas afegãs de libertar insurgentes afegãos que estão em suas prisões  (Faisal Mahmood/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 20 de setembro de 2013 às 15h14.

Islamabad - O governo do Paquistão anunciou nesta sexta-feira que amanhã libertará o antigo número dois dos talibãs afegãos, o mulá Baradar, para apoiar o diálogo entre os rebeldes do país vizinho e as autoridades de Cabul.

Em um comunicado de apenas uma frase, o Ministério das Relações Exteriores paquistanês explicou que "o líder talibã detido, mulá Abdul Ghani Baradar, será posto em liberdade amanhã com a intenção de facilitar mais o processo de reconciliação".

As autoridades do Paquistão já tinham dito no início do mês que libertariam o mulá, preso em seu território desde 2010, mas sem informar quando nem se o enviariam ao Afeganistão, ponto que também não foi esclarecido hoje.

A libertação de Baradar, considerado o número dois da milícia afegã quando foi detido em uma operação dos serviços secretos paquistanês e americano, é vista por Cabul como um elemento que pode impulsionar o processo de paz na região.

O Paquistão aceitou a conta-gotas às demandas afegãs de libertar insurgentes afegãos que estão em suas prisões e, para desgosto de Cabul, os libertados pelo Paquistão não foram entregues às autoridades do país vizinho.

Em agosto, diante dos rumores de soltura de Baradar, os talibãs afirmaram que poderia ser "um bom passo, mas que não acrescentaria nada" ao processo de paz, já que o antigo líder é atualmente, após sua passagem pela prisão, "mais um talibã entre muitos".

O processo de paz afegão está em ponto morto depois do fracasso em julho da segunda iniciativa de diálogo impulsionada pelos Estados Unidos no emirado do Catar, onde os fundamentalistas abriram uma delegação oficial.

As tropas da Otan se estão retirando desde 2011 do Afeganistão e a saída deve terminar em 2014, a partir de quando a segurança do país ficará integralmente nas mãos das forças afegãs.

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