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Paquistão demole complexo de Bin Laden em Abbottabad

Propriedade é avaliada em aproximadamente US$ 1 milhão. De lá era possível avistar a principal academia de polícia do Paquistão, a Kakul

Casa de Bin Laden, em Abbottabad, no Paquistão, tinha oito vezes o tamanho médio das casas da região e era cercada por muros de cinco metros de altura (Getty Images)

Casa de Bin Laden, em Abbottabad, no Paquistão, tinha oito vezes o tamanho médio das casas da região e era cercada por muros de cinco metros de altura (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de fevereiro de 2012 às 09h49.

Islamabad - O Paquistão demoliu neste domingo grande parte do complexo onde Osama bin Laden se escondeu durante anos e onde também foi localizado e morto em uma operação das forças armadas americanas em maio de 2011, na cidade de Abbottabad.

O policial Said Khan, que estava hoje no local durante a demolição, afirmou à Agência Efe que equipamentos pesados foram enviados na tarde de ontem à região, e que até agora derrubaram 80% do complexo.

Os trabalhos de demolição devem terminar amanhã, segundo ele, que também confirmou que as autoridades paquistanesas não vão construir outro imóvel na mesma área. "Talvez seja feito um parque", especulou.

O governo do Paquistão disse depois da operação americana que matou o líder da Al Qaeda que pretendia derrubar a mansão de três andares, cercada de plantações e localizada no bairro de Bilal.

Fontes oficiais avaliam em aproximadamente US$ 1 milhão a propriedade, da qual era possível avistar a principal academia de polícia do Paquistão, a Kakul.

'Deveriam ter feito isso antes, teria nos poupado de frequentes interrogatórios e monitoramento', declarou ao jornal paquistanês 'Express Tribune' um morador local.

Após a morte do líder da Al Qaeda, o Paquistão isolou o complexo, mas permitiu que a imprensa e curiosos visitassem os arredores durante alguns dias.

O governo do país asiático temia que o complexo se transformasse em um lugar de peregrinação de radicais islâmicos, mas demorou a derrubá-lo porque queria fazer uma inspeção minuciosa e deixar que os ânimos se acalmassem após a morte de Bin Laden. EFE

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